Serviço
Veja as informações sobre esta e outras mostras no Guia Gazeta do Povo - Exposições
Cineasta responsável por Pátria Redimida, que marcou a 1.ª fase do cinema paranaense e documentou o início da Revolução de 1930, João Baptista Groff (1897-1970) foi um artista multimídia: além da produção cinematográfica, trabalhou como fotógrafo, pintor, dono de cinema e de uma loja de artigos diversos. Nas décadas de 1920 e 1930, Groff dedicou-se principalmente à fotografia. Essas imagens, que retratam a Curitiba da época, estarão expostas a partir de amanhã na mostra João Baptista Groff Caçador de Imagens, que será aberta na Casa Romário Martins (Veja o serviço completo da exposição no Guia Gazeta do Povo).
As 50 fotografias da exposição, que tem curadoria do coordenador de pesquisa da diretoria de Patrimônio da Fundação Cultural de Curitiba, Marcelo Sutil, e da arquiteta Doris Regina Teixeira, fazem parte do acervo da instituição e são um dos principais registros da história da cidade. "Queremos divulgar o nosso acervo e possibilitar que o público saiba da importância de Groff para o cenário cultural", diz Sutil.
O curador destaca que a principal característica do "Groff fotógrafo" foi a de retratar o cotidiano de Curitiba e a movimentação nas principais ruas e praças da cidade, como XV de Novembro, Barão do Rio Branco e as praças Tiradentes e Osório. "Alguns profissionais que atuavam na mesma época preferiam fotografar ações mais relacionadas com o desenvolvimento da cidade, como construções, por exemplo. Já o Groff gostava de retratar a moça na carroça que vinha de localidades distantes para vender seu produto no centro. Ele sabia transformar o simples em belas imagens."
As fotografias também registram os primeiros sinais de modernidade que começavam a tomar conta da cidade, como os bondes e veículos da época dividindo espaço com os pedestres. Filmes realizados por Groff também serão projetados na mostra, que trará na mesma sala um texto de seu filho, Luiz Groff.
Trajetória
Adolescente, João Baptista Groff ganhou a primeira câmera fotográfica de seu padrinho e logo começou a captar imagens da cidade fotografias que ele transformava em cartões postais e vendia em sua loja de artigos do gênero. Em 1927, foi premiado no Salão de Fotografia de Paris, mas logo passou a se dedicar mais ao cinema. Morreu em 1970 e, atualmente, uma das salas da Cinemateca de Curitiba leva seu nome.
Serviço:
João Baptista Groff Caçador de Imagens. Casa Romário Martins (Lgo. da Ordem, 30), (41) 3321 3255. A partir de amanhã, de 3ª a 6ª, das 9h às 12h e das 13h às 17h; sáb, dom. e fer. das 9h às 14h. Entrada franca. Até 1.º de novembro.
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