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Túmulo estava protegido por uma muralha dupla construída em uma colina artificial | MENAHEM KAHANA/AFP PHOTO
Túmulo estava protegido por uma muralha dupla construída em uma colina artificial| Foto: MENAHEM KAHANA/AFP PHOTO

Apoio

• Com o fim da parceria de três anos entre o Teatro Guaíra e o governo italiano da região do Vêneto, o maestro titular da Orquestra Sinfônica do Paraná, Alessandro Sangiorgio, procura apoio para a encenação de outra ópera de Verdi, La Traviatta, com previsão de estréia em agosto.

• O projeto já foi aprovado pela Lei Rouanet e está em fase de captação de recursos. "Somos muito pobres no Teatro Guaíra. No mundo todo, as parcerias com empresas são palavra de ordem nos teatros", diz o maestro.

Ainda dá tempo de assistir a encenação "vêneto–paranaense" Rigoletto, uma das obras-primas do compositor italiano Giuseppe Verdi. Apresentada pela última vez na cidade em 1992, a ópera retornou aos palcos do Guairão, na sexta-feira passada (dia 4) para uma temporada de seis dias, que faz suas últimas apresentações hoje e amanhã.

O público que vem lotando as sessões do espetáculo realizado pela Orquestra Sinfônica do Paraná e pelo Coral Nova Philarmonia estranhou o que ouviu – mas, parece ter aprovado. Pudera. Esta é a primeira vez que o Teatro Guaíra encena a ópera mais popular de Verdi seguindo fielmente a composição original, de 1851.

A partir da segunda metade do século 19, as óperas (entre elas a Rigoletto) passaram a receber "pinceladas" para adequá-las melhor às condições da montagem. "Era comum cortar partes consideradas repetitivas, excessivamente virtuosísticas ou incluir notas agudas para que o cantor pudesse mostrar seu potencial", conta o maestro Alessandro Sangiorgio, diretor artístico da montagem.

Desde então, a versão alterada passou a ser considerada tradicional. Em 1993, o maestro Ricardo Mucci encenou a obra restaurada no famoso Teatro La Scalla, de Milão. "A ópera sofreu três cortes", explica Sangiorgio, que costumava regê-la desse modo nos chamados "teatros de tradição" italianos. Com 15 solistas, 30 cantores masculinos, músicos e técnicos, em sua maioria, muito jovens, Sangiorgio pôde, enfim, renovar a convenção. "O público vai definir de qual versão gosta mais. Mas, até agora, as pessoas que foram assistir a montagem saíram emocionadas", conta o maestro.

Baseada em Le Roi s’Amuse, do escritor francês Victor Hugo, com libreto de Francesco Maria Piave, a ópera é dividida em três atos que contam a história tragicômica de Rigoletto, um bobo da corte corcunda, às voltas com o seqüestro de sua filha Gilda. O protagonista é interpretado por Douglas Hahn e Rodolfo Giuliani. Gilda recebe as vozes de Tatiana Aguiar e Kalinka Damiani.

Em novembro, a ópera será apresentada no Conservatório de Adria, região do Vêneto, na Itá-lia, como contrapartida ao convênio de três anos entre o Teatro Guaíra e o governo italiano – que investe no desenvolvimento do gênero no Paraná, um dos estados do país que mais recebeu imigrantes vênetos. A parceria, que termina no final deste ano, viabilizou a montagem de cinco óperas e o intercâmbio entre músicos do Brasil e da Itália. Para participar de Rigoletto, vieram da "Bota" Maurizio Di Mattia, diretor cênico, e os preparadores vocais Luisa Giannini e Pedro Goria.

Serviço: Rigoletto. Guairão (Pça. Santos Andrade, s/n.º), (41) 3304-7982. Obra de Giuseppe Verdi. Com o Coral Nova Philarmonia e a Orquestra Sinfônica do Paraná. Dias 9 e 10, às 20 horas. Venda antecipada – R$ 30 (platéia); R$ 20 (1.º balcão) e R$10 (2.º balcão). Venda no dia – R$ 40 (platéia); R$30 (1.º balcão) e R$ 20 (2.º balcão). Desconto de 50% para portadores do Cartão Teatro Guaíra e da Carteirinha de Professor.

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