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Veja mais informações sobre a apresentação do Dubbly em Curitiba no Guias e Roteiros da RPC
O projeto começou por acaso, mas o Dubbly leva hoje uma mistura brasileiro-australiana para públicos de diversas partes do mundo. Com um novo álbum em processo de gravação, o grupo aposta em ritmos brasileiros com o uso de percussão, pandeiro e berimbau e mistura com o "roots music" da Austrália. É o que garante o baterista Fernando Aragones, único brasileiro da formação que conta com outros três australianos. A banda, em turnê pelo Brasil, se apresenta nesta quarta-feira (11) em Curitiba, no Yankee American Bar.
"A essência continua a mesma, mas estamos trabalhando um pouco mais do ritmo brasileiro. Tem aquela percussão de samba mesmo. Lá fora, isso funciona muito bem e diferencia do resto", explicou Fernando.
A banda começou em 2007, quando Fernando foi para a Austrália para estudar. Ele conheceu os outros membros do grupo, Nick Downey e Simon King, e logo começaram a trabalhar no grupo. O trio agora virou um quarteto com o saxofonista e percussionista Scott Sax.
Confira a entrevista completa com Fernando, do Dubbly:
Como você conheceu os outros membros do Dubbly?
A banda começou quando eu fui para a Austrália para estudar. Eu cheguei lá, e logo conheci dois integrantes do Dubbly que estavam tocando em um bar. Fui trocar uma ideia com um deles, falei que era brasileiro, que tinha acabado de chegar. Eu já era baterista. Eles falaram de uma banda paralela que eles tinham, e que não estavam muito felizes com o baterista. Trocamos contato e começamos a ensaiar. Começou a dar certo. Foi assim que começou.
A banda já existia ou o projeto que você entrou foi algo totalmente novo?
Foi outra coisa. Na verdade, nós éramos quatro e não se chamava Dubbly ainda. Depois, um dos guitarristas saiu e ficaram três. Colocamos o nome de Dubbly e começamos a gravar e fazer shows. Começou a desandar, a evoluir como banda.
Você já trabalhava com esse gênero musical ou foi algo que se solidificou depois?
Na verdade, era um pouco diferente. Como eu também compunha para a banda, começou a rolar uma mistura, uma influência de música brasileira e com a influência deles da Austrália. Fechou essa misturinha.
Para nós brasileiros, a música australiana não tem um significado específico. Conhecemos alguns artistas, sejam representantes da música pop, rock, dance. Como vocês encontraram esta semelhança na sonoridade, a fim de montar o gênero específico do Dubbly?
A banda tem dois compositores basicamente, que sou eu e o guitarrista. Foi uma coisa bem natural que acabou acontecendo. Juntamos essa influência que eu tinha do reggae, com a influência deles de uma coisa mais rock, surf music. O som é bem original. Não dá pra comparar muito com outras bandas australianas. Tem um movimento acontecendo na Austrália, que é esse "roots music", que na tradução seria um pouco do folk, essa música mais acústica, de violão. Uma coisa mais natural, orgânica.
Um dos hits mais conhecidos do Dubbly é a música "Herbalize", que muitos interpretam a letra como se tratasse da "erva proibida". Essa é a real intenção da música? Vocês levantam essa bandeira?
Na verdade, a interpretação até pode ser essa, mas tem outra história. O Nick, que é o guitarrista, tem um filho. O filho dele ficou um pouco doente e ele tinha tentado toda a medicina tradicional. Começou, então, a tentar homeopatia, medicina chinesa, ervas. É mais esse sentido. É uma coisa específica do orgânico, do uso de ervas da medicina alternativa para a cura.
As músicas do Dubbly costumam dar uma "reviravolta", em que o ritmo calmo se transforma em um instrumental agitado. Essa é a intenção da banda, para deixar as apresentações mais agitadas, ou acontece naturalmente?
Não tem uma intenção, e nem é muito pensado. São poucas músicas do disco que a gente compôs junto. As músicas que eu canto são músicas que eu compus, passei para eles e trabalhamos na música quase pronta. O mesmo funciona com as músicas do Nick. A composição é meio separada. Mas realmente é uma característica, a gente muda bastante de ritmo, até para não ficar uma coisa muito monótona.
A banda já tem um CD lançado, o "Styles". Agora vocês estão para lançar o segundo álbum?
Sim, a gente começou a gravar agora na Austrália com um produtor que está a um passo de se tornar internacionalmente reconhecido. Ele faz muito "amor à camiseta", então ele tem muita vontade de fazer o que faz. Gravamos cinco músicas antes de vir para o Brasil, e ele está finalizando para tentar mandar alguma coisa para a gente para tentarmos colocar alguma coisa nas rádios para divulgação.
Tem alguma característica diferente que não entrou no primeiro álbum e aparece nesse?
A essência continua a mesma, mas estamos trabalhando um pouco mais do ritmo brasileiro. Tivemos bastante percussão brasileira, pandeiro, berimbau. Tem aquela percussão de samba mesmo. Esse disco vai ter mais essa característica. Lá fora, isso funciona muito bem e diferencia do resto.
Você é brasileiro e divide o grupo com outros três australianos. Qual seria a sede do grupo? A intenção é fazer sucesso na Austrália ou no Brasil? Há uma prioridade?
Como toda banda, a nossa intenção é atingir o maior público possível. Mas como moramos na Austrália, o foco é lá mesmo. Brasil é um país tão grande, se a gente conseguir 1 ou 2% da população, já é gigante. Temos mais chance de estourar aqui primeiro do que lá.
Vocês já fizeram shows aqui há oito meses. Como foi a primeira impressão do público local com a banda?
Fizemos shows em Porto Alegre e Florianópolis. Foi muito legal. Em Porto Alegre, vendemos todos os ingressos. O som da banda está bem difundido por lá, sempre recebemos e-mails de pessoas pedindo discos. Foi uma turnê mais focada no sul do País.
Na Austrália, o sucesso está mais consolidado?
Sim. Temos bastante rotatividade em uma rádio nacional, com cobertura de 15 milhões de pessoas. Quase toda a população do país. O nosso produtor trabalha também com o John Buckler Trio, que é uma banda bastante conhecida na Austrália. Já fizemos turnê por toda a costa leste, temos algumas coisas marcadas para o Oeste quando a gente voltar. Vamos para a Europa em junho. Então, o trabalho está em ascensão.
A intenção é levar o som para o maior número de lugares possíveis?
Sim, a intenção da banda é jogar a música para o mundo e ir atrás dela para tocar para as pessoas.
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