Rogério Dias explora “leveza do desenho” em trabalhos inéditos

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Fazia algum tempo que Rogério Dias não se dedicava ao desenho – tinha tentado o computador e o tablet, sem sucesso. Insistiu. Pegou o jeito com o mouse, se viciou em postar as obras digitais no Facebook e, quando foi desenhar no papel, descobriu que "tinha melhorado".

"Barbaridade! Ficou mais legal ainda", conta ele, entusiasmado. Hoje, às 19h30, o artista inaugura a exposição You Are Welcome: Tribute to Rock and Roll, com 20 desenhos inéditos, no Beto Batata Barigui.

Nos trabalhos, ele mistura personagens como Dom Quixote e nomes do rock, mas não de forma figurativa.

Diferentemente do que acontece quando pinta, Rogério diz que desenhar dá a liberdade de trabalhar o abstrato. "Para mim, desenho é igual a fotografar, é descompromissado. Dá para fazer com mais leveza", diz ele, que não usa cores nos desenhos (mas sim nos quadros).

O rock foi usado como tema por "ser divertido".

"Quando você está muito chateado, bota um AC/DC, mas, faz favor, sem tentar entender a letra! Agora, coloca um Chico Buarque de Holanda... Você vai ficar mais chateado ainda, com vontade de dar um tiro no pé", diz.

Outro motivo para a exposição é a valorização do desenho. "Curitiba tem tanto artista, tem o Poty Lazzarotto! E não dão valor para o desenho. Por isso resolvi fazer essa mostra", diz.

Livro

Além da exposição, o artista autografa o livro Ave, Rogério. A obra de autoria de Adélia Lopes, lançada no ano passado, reúne imagens das obras (sobretudo as que trazem seus famosos pássaros), e textos sobre sua trajetória de vida e profissional.

Além de pintor e desenhista, Dias já trabalhou como designer gráfico, publicitário e ilustrador. É uma boa oportunidade para quem quiser ganhar um desenho inédito de Rogério, já que ele costuma "rabiscar" os espaços em branco na página dos livros. "Então, quem for, vai ganhar um ‘desenhinho’", diz.