OSLO, Noruega - A polícia norueguesa ainda não conseguiu recuperar as telas "O grito" e "Madonna", do pintor expressionista Edvard Munch (1864-1944), roubadas há exatamente um ano do Museu Munch, em Olso, na Noruega. Dois homens armados e usando máscaras invadiram o museu em plena luz do dia e levaram os quadros. Segundo especialistas, "O grito" está avaliado em US$ 75 milhões enquanto "Madonna" vale cerca de US$ 15 milhões. Em um ano, a polícia prendeu cinco pessoas suspeitas de envolvimento com o roubo, mas nada foi comprovado.
- Talvez levemos ainda meses ou um ano para resolvermos este caso - disse o policial responsável pela investigação, Iver Stensrud.
Segundo ele, a busca tem sido atrapalhada pela quantidade de denúncias falsas, motivadas, em parte, pela recompensa de 2 milhões de coroas norueguesas oferecida, o equivalente a R$ 739 mil.
- Acreditamos que sejam muito poucas as pessoas que sabem onde estão os quadros. É um grupo pequeno e disciplinado - afirmou o policial, que disse que a polícia pretende fazer novas prisões com base nos depoimentos de oito pessoas, ouvidas nos últimos meses. De acordo com Stensrud, os principais suspeitos formam um grupo de 10 a 15 pessoas.
- "O grito" é um ícone cultural - disse o curador do Museu Munch, Ingebjorg Ydstie. A pintura, de 1893, mostra uma figura humana com as mãos nas orelhas e a boca aberta, com um céu vermelho.
As autoridades ainda têm dúvidas sobre quem roubaria pinturas conhecidas o suficiente para serem vendidas legalmente. Mas os noruegueses ainda se mantêm atentos em histórias sobre por que dois homens armados teriam entrado no Museu Munch numa manhã de domingo, roubado duas pinturas da parede em frente a turistas horrorizados e fugido tranquilamente em um carro que os estava esperando.
Segundo uma teoria que circula na imprensa norueguesa, o roubo teria sido praticado por um bando que assaltou uma agência bancária na cidade de Stavanger e matou um policial. Eles teriam como objetivo desviar a atenção da polícia. Outra versão diz que as pinturas foram roubadas a mando de um poderoso colecionador particular. Há ainda os que dizem que os ladrões queimaram os quadros, temendo serem encontrados pela polícia.
Segundo os investigadores, no entanto, as telas ainda estão intactas e a polícia está mais próxima da verdade depois da prisão de um suspeito do assalto ao banco de Stavanger.
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