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A Royal Opera House britânica, que abriga a elite mundial das produções de música e dança clássicas, está abrindo suas portas ao público digital global.

A casa de ópera fundada em 1728 pagou 5,27 milhões de libras (11,25 milhões de dólares) pela Opus Arte UK, empresa de produção e distribuição de DVDs de música e dança clássica que já ganhou um nome de respeito desde que começou a operar, em 2000.

O dinheiro veio dos recursos próprios da Royal Opera House (ROH). "Este é um dia de enorme importância para Covent Garden (a ROH) e para nosso público em todo o mundo", disse o presidente-executivo da ROH, Tony Hall. "Para um teatro de ópera, é uma iniciativa revolucionária. Nenhum outro em qualquer lugar do mundo fez o mesmo."

"Essa iniciativa abre um novo público para o teatro - um público global", disse Hall em coletiva de imprensa promovida para anunciar o acordo.

A Royal Opera House já tem cerca de 40 produções captadas em filmes de alta qualidade, graças a um acordo com a Sony, e a Opus Arte possui um catálogo de 140 filmes feitos em colaboração com outros teatros de ópera europeus.

Os artistas do catálogo da Opus Arte incluem Joan Sutherland, Willard White, Placido Domingo e Bryn Terfel.

"Isto nos proporciona uma penetração substancial nos mercados globais digitais e de DVD", disse Hall. "Nossa meta é levar nossos espetáculos ao maior público possível."

Embora a Opus Arte, atualmente controlada por uma holding holandesa, passará a ser propriedade da Royal Opera House, ela será administrada separadamente, como empreendimento comercial.

Quaisquer lucros que ela venha a ter - e Tony Hall acredita que haverá - serão revertidos como doação beneficente à ROH.

Hall disse que espera grandes novidades através de vídeo e DVD de alta definição vendidos sob encomenda. "Neste novo mundo, tudo gira em torno do conteúdo", disse ele. "Estamos falando de uma oportunidade fantástica. Esta é nossa chance de nos globalizarmos, de levar a ópera e o balé para todo o mundo."

O diretor administrativo da Opus Arte, Hans Petri, que vai conservar seu cargo, disse que com frequência o dinheiro e a arte são vistos como coisas que não combinam bem. Mas falou que sua empresa já demonstrou que isso não é verdade.

"Esta iniciativa vai aumentar a capacidade de assentos dos teatros de ópera em todo o mundo, ao acrescentar os sofás das pessoas em suas salas de estar", disse ele.

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