Depois de ter divido público e crítica no 38º Festival de Brasília com o radical "O veneno da madrugada", o diretor de origem moçambicana Ruy Guerra contou ao jornal "O Globo" seu projeto de concluir a trilogia iniciada com "Os fuzis" e complementada por "A queda". O filme que continuaria a série chama-se "3x4", e será rodado com tecnologia digital. Guerra só não sabe ainda se este ambicioso projeto vai antecender sua adaptação para "Quase memória", de Carlos Heitor Cony.

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- Será uma continuação da trajetória de Mário - diz Guerra, lembrando do ex-militar e operário vivido por Nelson Xavier que, aliás, co-dirigiu "A queda". - "3x4" é um terceiro tempo de "Os fuzis".

"O veneno da madrugada" será lançado em fevereiro nos cinemas. A distribuição será feita pela United International Pictures (UIP). Há fortes chances de que Fábio Sabag ganhe um Candango de coadjuvante por sua performance como padre Angel.

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Entre os curtas, o pernambucano "Rapsódia para um homem comum", de Camilo Cavalcante, se firma como uma das mais radicais experiências de linguagem de sua categoria no Festival de Brasília. Apesar do texto um pouco clichê, narrado na abertura do filme, a tradução da inadequação de um funcionário público ao Brasil dos anos 70 incendiou a tela do Cine Brasília graças ao inconformismo estlístico de seu realizador. A música de Raul Seixas ao fundo deu um tom de melancolia saboroso ao trabalho de Cavalcante.