Finalistas ao Troféu Bandeira Paulista
A organização da 31.ª Mostra anunciou os filmes finalistas da competição pelo Troféu Bandeira Paulista. A lista inclui os dez longas de ficção e os cinco documentários da seção Competição (diretores que estão no máximo em seu segundo longa-metragem) mais bem votados pelo público na primeira semana de festival. Os vencedores serão anunciados na cerimônia de encerramento e premiação da 31.ª Mostra, na quinta-feira, às 21 horas no Memorial da América Latina. Após a cerimônia, será exibido pela primeira vez no Brasil Onde os Fracos Não Têm Vez, o novo filme dos irmãos Cohen.
Uma boa notícia para quem gosta de filmes franceses. A 31.ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que chega ao fim nesta quinta-feira (dia 1.º), apresentou ao público do festival uma interessante e bastante variada safra de longas-metragens produzidos na terra de Jean Renoir, François Truffaut e Claude Chabrol.
Dentre os títulos selecionados, um dos mais surpreendentes é o delicioso musical As Canções de Amor, de Christophe Honoré, festejado nome da nova geração de cineastas franceses. Selecionado para a mostra principal do Festival de Cannes deste ano, o filme, mesmo que não tenha sido sua intenção declarada, é uma espécie de homenagem à obra do diretor Jacques Démy, autor dos clássicos Guarda-Chuvas do Amor e As Garotas Românticas, ambos estrelados por Cathérine Deneuve.
Em comum com os filmes de Démy, As Canções de Amor tem o contraste do realismo patente na trama com os diálogos que ganham a forma de músicas, teoricamente um recurso pouco realista. Mas o longa de Honoré não é nostálgico, não. Pelo contrário: tem uma trama bem contemporânea, que discute sexualidade, relacionamentos e a crise de indentidade vivenciada pela chamada "geração Y", de quem está chegando agora aos 30 anos.
Louis Garrel (de Os Sonhadores), o novo galã número 1 da França, é Ismael, um jovem diagramador de jornal que vive com a namorada, Julie (Ludivigne Sagnier, de 8 Mulheres) e sua colega de trabalho Alice (Clotilde Hesme), que divide com o casal mais do que o apartamento. É amante dos dois, fato que intriga mas não choca a família de Julie.
Tudo muda, contudo, quando Julie morre e Ismael vê sua vida tomar rumos inesperados, que o obrigam a repensar sua vida. Em uma verdadeira ode a Paris, que serve de locação para todo o filme, Honoré recorre a belas canções escritas por Alex Beaupain para não apenas costurar as cenas, mas, sobretudo, para comentar a ação, que flui com exuberância e verdadeira joie de vivre (alegria de viver). Um dos pontos altos da mostra.
Auto-ironia
Vencedor do Prêmio Especial do Juri da mostra Um Certo Olhar, no Festival de Cannes 2007, Atrizes é dirigido e estrelado por Valeria Bruni Tedeschi, nascida na Itália mas com carreira basicamente construída na França.
Como anuncia o título do longa, a comédia dramática Atrizes, também com Louis Garrel no elenco, gira em torno do universo teatral, com foco nas idiossincrasias da talentosa Marcelline (Valeria Bruni Tedeschi), que está chegando aos 40 anos sem ter encontrado o amor de sua vida e desejosa por gerar um filho. E o pior de tudo: ainda mora com a mãe.
Ao mesmo tempo em que vive essa crise existencial, Marcelline ensaia um espetáculo no qual faz o papel de uma mulher sexualmente emancipada, madura e bem resolvida seu oposto, enfim.
Talentosa tanto como atriz quanto como diretora, Valeria Bruni Tedeschi faz um cinema que lembra um pouco o de Woody Allen. Auto-referente, irônica e acima de tudo humana, ela desponta com uma promessa do cinema em língua francesa.
Pai e filho
Bem menos leve, mas igualmente instigante, Nossos Reencontros, de David Oelhoffen, gira em torno da tumultuada relação entre Marco (Nicolas Giraud), um jovem aspirante a boxeador, e seu pai, Gabriel (Jacques Gamblin), uma figura carismática, mas irresponsável e com um pé na marginalidade.
Cru, o filme de Oelhoffen incomoda por não tratar de um assunto até certo ponto clichê de forma edificante ou redentora.
O editor viajou a convite da organização da mostra.
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