Primeira parte do último volume da saga celebra o amor de Edward (Robert Pattinson) e Bella (Kristen Stewart)| Foto: Divulgação

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Poucos fenômenos recentes na cultura pop dividiram tanto as opiniões de público e crítica quanto a Saga Crepúsculo, e aí se incluem tanto a quarilogia de best sellers da escritora norte-americana Stephenie Mayer quanto os filmes realizados a partir dos livros. Os fãs de filmes de terror deploram a franquia por se apossar de um dos ícones mais perenes do gênero – o vampiro – e transformá-lo em protagonista de histórias de amor muito mais próximas do melodrama do que do cinema de horror. Esses aficionados mais ortodoxos, se tiverem estômago para encarar Amanhecer – Parte 1, que tem estreia mundial hoje, vão ficar ainda mais revoltados. Ao contrário de milhões de garotas adolescentes ao redor do mundo.

Como os produtores tomaram a decisão de dividir o quarto e último volume da série em dois filmes, esta primeira parte é basicamente centrada na celebração do amor entre o vampiro Edward Cullen (Robert Pattinson) e a mocinha mortal Bella Swan (Kristen Ste­­wart): o casal se casa, passa uma lua de mel tórrida no Rio de Janeiro e ela engravida. Apenas no desfecho do filme algo parecido com terror dá as caras, quando a protagonista se descobre esperando um bebê híbrido, meio humano e metade monstro, que cresce em seu útero com rapidez espantosa, se alimenta do sangue da mãe e ameaça tirar-lhe a vida.

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Boa parte da ação e do horror contidos no derradeiro livro da quadrilogia, o embate final entre vampiros do bem, que evitam se alimentar de sangue humano, e os do mal, revoltados com a proximidade romântica entre Edward e Bella, ficará concentrada na segunda metade de Amanhecer. Assim como a solução inesperada para o triângulo amoroso formado pelo casal, mais o galã lobisomem musculoso Jacob Black (Taylor Lautner).

Repercussão

Nos Estados Unidos, onde o filme de Bill Condon (de Dreamgirls e Deuses e Monstros) também entra hoje em cartaz, a produção já é motivo de controvérsia entre os críticos mais importantes. Há quem o defenda com ardor. É o caso da conceituada Manohla Dargis, do jornal The New York Times. Para ela, que confessa ter finalmente "se rendido" à saga, Amanhecer – Parte 1 é o melhor da franquia.

Ela escreve: "Primeiro vieram os beijos, agora vem o casamento, uma surpreendentemente apimentada lua de mel e, logo depois, uma gravidez horrenda que Bill Condon torna perturbadora de maneira tão palpável que seria capaz de causar inveja em David Cronenberg, mestre do horror físico."

O entusiasmo de Manohla não é compartilhado por Roger Ebert (do jornal Chicago Sun-Times), o crítico de cinema mais popular do país. Ele lamenta que o filme, depois de três episódios que defendem a castidade a todo custo, apenas sugira, por conta de uma cama quebrada e dos hematomas no corpo da mocinha, que a noite de núpcias de Edward e Bella tenha sido sísmica. "O filme não nos mostra nada! Sim, a mais aguardada cena de defloramento na história recente do cinema acontece fora da tela, longe das câmeras."

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