Depois de lançamentos como Vida da Minha Vida (2010), de Zeca Pagodinho, e Nossa Verdade (2011), do grupo Fundo de Quintal, o samba popular está vivendo um momento de qualidade excepcional. Dando ainda mais fôlego à boa fase, na semana passada chegou às lojas o CD Batuques e Romances, o primeiro disco de inéditas de Arlindo Cruz em quatro anos. "É o melhor momento do samba desde os anos 1990. Apesar de toda a pirataria, o samba está indo muito bem, obrigado. Tanto em qualidade quanto em estrutura, em lugares para tocar, diz o músico.
Para Arlindo, a nova geração tem sua parcela de responsabilidade pela boa fase. "A procura dos jovens pelo samba é muito grande. Eles vão às casas de samba, compram discos, camisetas com estampa do Mussum. Eles que estão alimentando esse movimento, diz o sambista. Arlindo Cruz reaparece no auge da popularidade, após participar do programa Esquenta! , apresentado por Regina Casé, e depois de gravar quatro edições do "Samba da Globalização, tema do Casseta e Planeta. "Aparições na TV ajudam, mas a minha música tem uma leitura fácil, que ajuda o povo a entendê-la, constata o compositor. Segundo ele, o trabalho se sustenta sobre dois pilares fundamentais. "A essência do disco é a mesma da minha vida. São os batuques, ou seja, o samba de roda e o partido-alto. É o meu jeito de fazer show, em rodas de samba, próximo ao público. E o meu lado que gosta de falar de amor, diz Arlindo, que ainda realiza, todas as terças-feiras, o Pagode do Arlindo, espécie de roda de samba na boate Nuth, no Rio de Janeiro.
O disco também revela as preocupações sociais do artista. "Minha principal causa é a busca do bem. O amor à natureza, o combate à fome, ao crack e ao abandono de crianças na rua. No disco, o músico exalta a sua religião, o candomblé. "É uma religião que louva e pratica o amor às pedras, às cachoeiras, ao mar de Iemanjá. Nós sabemos onde buscar forças.
Serviço
Batuques e Romances, de Arlindo Cruz. Sony Music. Preço médio: 19,20.
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