Novo trabalho de Diogo Nogueira, gravado em Cuba, reúne samba, MPB e salsa| Foto: Lester Perez Jimenez/Divulgação

CD/DVD

Ao Vivo em Cuba

Diogo Nogueira. EMI. R$ 24,90 (CD) e R$ 32,90 (DVD). Samba.

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O plano inicial era ser jogador de futebol. Mas uma lesão no joelho fez com que Diogo Nogueira saísse de campo e subisse no palco. As roupas sempre impecáveis, a voz que herdou do pai, João Nogueira (1941-2000), o sorriso simpático e o estilo meio malandro que sonda quase todo sambista dão a ele a imagem que muito artista sonha em ter.

ÁUDIO: Ouça um trecho da entrevista com Diogo Nogueira, em que ele fala da infância e do pai João Nogueira

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Lançando o CD e DVD Ao Vivo em Cuba, fruto de um show em Havana, o músico vive uma fase próspera na carreira. O trabalho sai com uma tiragem inicial de 100 mil cópias, sendo 40 mil CDs e 60 mil DVDs. Para se ter uma ideia do que isso significa, O Quintal do Pagodinho, projeto mais recente de Zeca Pagodinho, chegou às lojas com 50 mil cópias. "Eu levei minha banda completa, meus bailarinos e aí pensei... vou a Cuba e não vou registrar isso? Aí é feio, né?", brincou o cantor em uma entrevista bem-humorada à Gazeta do Povo.

O novo trabalho reúne grandes sucessos do samba e da MPB, que vão de Jorge Ben Jor, Chico Buarque, Gonzaguinha, Djavan, Ivan Lins a Martinho da Vila e, claro, músicas do pai, João Nogueira. Entre os pontos altos da apresentação, além da manifestação constante do público e do show de ginga dos bailarinos, está o encontro do samba com a salsa dos ídolos cubanos do Los Van Van, na faixa "El Cuarto de Tula". "Como eu já cantava clássicos da MPB que eu ainda não tinha gravado, eu aproveitei para juntar tudo isso. Fiz uma miscelânea. Escolhi muitas músicas que estavam na minha memória, no meu universo, aquelas que eu cantava no chuveiro, antes de virar artista", contou.

Diogo, que esteve recentemente em Curitiba participando do tributo Elis por Eles, no Teatro Positivo, pretende voltar para a capital paranaense e apresentar o novo e "caliente" show. "Adorei o público, o teatro é maravilhoso, e nós vamos voltar com certeza. Ainda não tenho a data certa que a gente vai, mas pode ter certeza que todo mundo vai dançar muito samba e muita salsa", disse com certa malícia e o sotaque carioca típico de quem nasceu no Rio de Janeiro e fez fama na Lapa.

Carreira

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Por mais que a intenção inicial fosse brilhar com uma camisa da seleção brasileira – "nunca quis cantar, eu queria ser jogador de futebol" – Diogo cresceu no mundo da música. "Crescer numa casa que tinha festa o tempo inteiro, muita música, gente bonita e artistas para tudo quanto é lado era maravilhoso! Quanto a me compararem com o meu pai, eu sempre levei numa boa. Acho que ser comparado ao João Nogueira é um must! Mas eu sempre procuro fazer o meu trabalho do meu jeito, da minha maneira, com o meu gosto", afirmou.