O evento
A Quadra Cultural fechará três quadras para o público, que deve superar o do ano passado. O local terá praça de alimentação com seis pontos de venda, bazar de comércio local e até um bicicletário com capacidade para 500 magrelas. Veja a programação:
11h - Espetáculo infantil Tabuleiro de Ritmos
12h - Wandula
13h - Espetáculo infantil Terezinha, uma História de Amor e Perigo
14h - Confraria da Costa
15h30 - Uh lá lá!
16h45 - Desfile modelos mostrarão roupas à venda no local
17h - Klezmorim
18h30 - Gente Boa da Melhor Qualidade
20h - Germano Mathias
Depois de reunir mais de 4 mil pessoas no ano passado, o projeto Quadra Cultural chega à quarta edição neste sábado, a partir das 11 horas, em frente ao Torto Bar, na esquina das ruas Paula Gomes e Duque de Caxias, no bairro São Francisco. Arlindo Ventura o "Magrão", proprietário do bar e idealizador do projeto contou com uma estrutura maior em 2012 para trazer os shows do sambista Germano Mathias e dos artistas locais Wandula, Confraria da Costa, Uh Lá Lá!, Klezmorim e Gente Boa da Melhor Qualidade. Será lançado também o selo literário Tulipas Negras, que pretende editar obras de escritores paranaenses. Tudo com entrada franca.
O aperfeiçoamento do evento veio com a legitimidade que a Quadra Cultural conseguiu em suas últimas edições. O projeto conta com a participação do poder público que, de acordo com Magrão, reconheceu em seu trabalho uma realização responsável. "Sou privilegiado por ter o respaldo das pessoas que frequentam o circuito dos bares daqui. Por isso, quero dar uma contribuição", diz o organizador do evento, que faz questão de ressaltar o ambiente familiar que deseja garantir durante todo o sábado. Para isso, incluiu entre as atrações até uma brinquedoteca e espetáculos infantis.
Além de seguranças particulares, que vão monitorar os acessos do evento para impedir a entrada de garrafas de vidro e a venda de destilados, haverá a presença da Polícia Militar e da Guarda Municipal. "Sempre fizemos o projeto com segurança preventiva, não truculência", explica Magrão. A preocupação com a limpeza do local, que será feita constantemente, e com um horário rigoroso de término, por exemplo, também faz parte dos cuidados com a estima da vizinhança. "Algumas pessoas se opõem. Mas é muito melhor proporcionar o evento do que deixar a região entregue. O São Francisco precisa de visibilidade para ter restauração de seu patrimônio público histórico, para combater as drogas que proliferaram ali", diz o comerciante.
Formação
Além do ativismo em relação ao bairro, a Quadra Cultural reflete um projeto de formação cultural de Magrão. Daí a escolha de nomes como as Irmãs Galvão e Rolando Boldrin para passarem pelo projeto em edições passadas e, agora, o de Germano Mathias, um patrimônio do samba paulista que, de acordo com o próprio, é o último representante do estilo sincopado do gênero, aos 57 anos de carreira. "É um artista com peso e significado cultural no cenário brasileiro", diz Magrão, que afirma fazer política pela cultura ao se articular com o poder público e não se considera um produtor comum, já que o retorno do evento pode "empatar" com o investimento. "Meu sonho, que é idealizar um projeto responsável e consciente uma vez por ano, não é perfeito, mas tem possibilidade de chegar lá", diz.
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