O Dia Nacional do Samba, comemorado em 2 de dezembro, será de homenagens aos sambistas da velha guarda curitibana. O músico Gogó de Ouro comanda a festa especial no Congresso do Chopp, rendendo homenagens a Maé da Cuíca, Mãe Horminda, Wilhan do Cavaco, Marcinho do Cavaco, Zezinho do Pandeiro e Ciro Morais. No teatro do Sesc da Esquina, Cristina Buarque e Henrique Cazes apresentam o show "Sem Tostão", dedicado à Noel Rosa.
O samba vem da palavra Quimbundo, que significa umbigada e era empregada para designar a dança de roda no ritmo de 2/4. Surgiu no início do século XX, entre os afro-descendentes que estavam no Brasil e era conhecida pelo canto ao som de palmas e ritmos batucados. O primeiro registro de samba é a canção "Pelo Telefone", composta por Donga e gravada em 1916. É a manifestação cultural brasileira mais conhecida no mundo, e desde 1960 tem um dia dedicado através de decreto lei.
Para Gogó de Ouro, conhecido cantor de samba na capital paranaense, cavaco e pandeiro são os intrumentros que não podem faltar no samba. "Posso cantar acompanhado de violão e outros instrumentos, mas quando o cavaco entra e o pandeiro começa a soar, é diferente. O suinge dos intrumentos dá o toque do samba", comentou o cantor.
No samba
Gogó de Ouro, um dos mais conhecidos cantores de samba de Curitiba, conquistou o apelido cantando em rodas de capoeira, no Rio de Janeiro. Mas foi na capital paranaense que passou a se dedicar exclusivamente ao samba. "Eu vim pra cá em 1984, para participar de um evento no ginásio do Tarumã, promovido pelo grupo Muzenza. do mestre Burguês. E chegando aqui estranhei que o pessoal terminava a roda de capoeira e já ia se trocar, mas no Rio e na Bahia, a tradição é fazer um sambinha de roda, depois da capoeira. Eu comecei com isso, fazia sambão na rua XV, e o pessoal foi gostando", comentou o cantor.
Entre uma roda de capoeira e outra, ele conheceu o médico Wilhan do Cavaco, que o chamou para um show no teatro Guaíra, em 1985. Depois disso a capoeira foi ficando de lado, e o samba ganhando mais espaço. Hoje Gogó de Ouro mantém apenas a argola na orelha, uma tradição dos negros capoeiristas que se diferenciavam usando o brinco e indicava que tinha participado da guerra do Paraguai. Ele se apresenta nas sextas e sábados no Nilo Samba Choro, no Congresso do Chopp aos sábados e em festas e eventos, quando é convidado.
Roteiro
O ritmo do samba têm ganhado cada vez mais espaço em bares e casa de shows da capital paranaense. O Nilo Samba Choro, o Hermes Bar, o Saudosa Maloca, o bar Hora Extra, o Congresso do Chopp e o Alice Bar, são endereços da capital com programação dedicada ao samba, senão todo dia, uma vez por semana. Mas ainda há outros espaços que divulgam o gênero, como o Porão do Tatu, toda segunda-feira no Clube Operário.
Se ainda não tem programa para este sábado (2), a festa no Congresso do Chopp promete ir até tarde. Começa às 17 horas, e após a velha guarda a nova geração do samba curitibano também se apresenta no local: Boca, Nabio, Nene, Vinicius da Madrugada, Ebubu Fulô, Marcinho, Ciro, Zezinho e Nico, além do próprio Gogó de Ouro.
Para quem procura outros ritmos, confira a programação de shows
Endereços dos bares você encontra no roteiro
Serviço: Dia do Samba no Congresso do Chopp. Sábado (2) a partir das 17 horas. Congresso do Chopp (Rua Chile, 1476, Rebouças) Tel.: 3016-3553. R$ 5,00.
Show com Cristina Buarque e Henrique Cazes. Sábado (2) às 21 horas. Teatro Sesc da Esquina (Rua Visconde do Rio Branco, 696) Tel.: 3304-2222. R$ 20,00 e R$ 10,00 (estudantes, idosos e comerciários).
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