O escritor paranaense Miguel Sanches Neto passou a divulgar, no site da editora Intrínseca, trechos do diário que manteve durante a criação de A Segunda Pátria – seu novo livro, que será lançado no dia 18 de março.
Os comentários revelam a evolução da pesquisa na qual o escritor mergulhou para dar vida à obra e também as impressões que teve durante a escrita.
O novo romance de Sanches Neto situa a trama em conjunções hipotéticas que se passam durante a Era Vargas (o americano Philip Roth fez algo semelhante em Complô Contra a América).
A história traz personagens que se movem no Sul de um Brasil que declara apoio aos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Como parte do acordo firmado entre os governos, fica estabelecido que os estados do sul, com grande presença de descendentes de alemães, podem pôr em prática os princípios do nazismo, como o racismo, o antissemitismo e a eugenia.
Em Blumenau, à medida que a saudação “Heil, Hitler” se torna corriqueira, o engenheiro Adolpho Ventura convive atônito com o progressivo cerceamento de sua liberdade. Seu crime é ser negro e pai de uma criança mestiça.
Na mesma cidade, desenrola-se a trajetória de Hertha, jovem sedutora que encarna todos os predicados da superioridade ariana. A ela é confiada uma missão misteriosa.
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