Exposições
Esplendores do Vaticano
Oca Parque do Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, Portão 3 São Paulo), (11) 3105-6118. De terça-feira a domingo, das 9 às 20 horas. R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). Até 31 de março.
A Cátedra de Pedro
Museu de Arte Sacra de São Paulo (Av. Tiradentes, 676, Luz), (11) 3326-3336. De terça-feira a domingo, das 10 às 18 horas. R$ 6 e R$ 3 (meia-entrada). Até 7 de abril.
Em meio à renúncia de Bento XVI, São Paulo está com duas exposições abertas relacionadas ao Vaticano: Esplendores do Vaticano Uma Jornada Através da Fé e da Arte, na Oca do Ibirapuera, e A Cátedra de Pedro: As Medalhas Contam a História, no Museu de Arte Sacra de São Paulo.
A mais recente é a do Museu de Arte Sacra, no qual estão expostas cem medalhas papais. As peças selecionadas integram um acervo de cerca de 1,1 mil medalhas que pertencem à coleção numismática do museu, formada por 8.527 peças (medalhas e moedas).
Segundo Maria Inês Lopes Coutinho, diretora executiva do museu e curadora da exposição, desde outubro os funcionários catalogavam e fotografavam o acervo de medalhas e moedas, mas não havia uma previsão de exposição porque o trabalho é demorado até hoje, cerca de 500 peças foram catalogadas.
Mas, no meio do carnaval, ao saber do anúncio da renúncia de Bento XVI, Maria Inês decidiu montar a exposição. "Era a hora ideal para mostrarmos pelo menos parte do nosso acervo. A montagem foi feita em cinco dias."
O recorte inclui as principais peças, feitas em ouro, prata e bronze, que formam uma linha do tempo representada por 59 papas, entre os 265 que a Igreja teve. As medalhas e moedas foram produzidas no Vaticano e representam vários períodos, de Antero (que ocupou o cargo em 235) a Paulo VI (que assumiu em 1963). De um lado da medalha há o rosto do papa em questão; do outro estão fatos históricos.
O museu não tem medalhas referentes ao papado de João Paulo II, por isso expôs moedas que foram dadas ao museu pelo cardeal d. Cláudio Hummes. A medalha referente ao papado de Bento XVI foi doada na última quarta-feira para integrar a exposição.
Oca
Maior e há mais tempo aberta ao público, Esplendores do Vaticano reconta a história da Igreja por meio de réplicas e originais de obras de arte sacra, além de uma coleção de artigos históricos e litúrgicos que pertencem ao acervo do Vaticano e estão sendo exibidos pela primeira vez, como uma Pietà em baixo-relevo, de Michelangelo, e A Deposição do Sepulcro, de Giorgio Vasari.
A exposição passou pelos Estados Unidos e chegou ao Brasil em setembro, com duas alas inéditas: uma projeção virtual em 360 graus, em que é possível ver detalhes das obras de Michelangelo, e uma coleção de pertences do antecessor de Bento XVI e primeiro papa a visitar o Brasil, João Paulo II.
Nessa galeria, a última da exposição organizada em ordem cronológica, é possível ler um poema de autoria de Karol Wojtyla e "tocar" a mão direita de João Paulo II, encaixando-a num molde de bronze gravado com a mão do papa em 2002. A atração é uma das que mais emocionam os visitantes. "Parece que ele não morreu e ainda está aqui", disse Solange Vale Cabral, de 56 anos, depois de dizer "amém" ao colocar a mão sobre a do papa.
Uma galeria exibe objetos que pertencem a Bento XVI, como seu brasão de armas em bronze e uma miniatura em madrepérola da Catedral de Amã, recebida na viagem à Jordânia, em 2009.
Ainda que não substituam a visita à cidade-Estado, as exposições aproximam o mundo episcopal e ajudam a entender os rituais e a formação de uma instituição de 2 mil anos que nos próximos dias escolherá seu novo líder.
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