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Terminou na manhã desta terça-feira (21) o segundo e último dia de desfiles do Grupo Especial do carnaval do Rio de Janeiro. Escolas como Mangueira, Grande Rio e União da Tijuca, entre outras, passaram pela avenida e levantaram o público. Confira os melhores momentos das escolas.

Veja fotos da segunda noite de desfiles no Rio

São ClementeA São Clemente abriu o segundo dia de desfiles na Marquês de Sapucaí. A escola levou para a avenida o mundo dos grandes musicais. Algumas das alas representaram famosas encenações como "Fantasma da Ópera", "Cats", "Chorus Line", "Victor ou Victória", "Os Miseráveis" e a brasileira "Ópera do Malandro".

No carnaval de passado, a São Clemente ficou em nono lugar - última entre as julgadas - mas por causa do incêndio na Cidade do Samba, não houve rebaixamento e a escola se manteve entre as grandes.

União da Ilha

A União da Ilha do Governador foi a segunda escola a pisar na avenida nesta noite. A tricolor da Ilha voltou mordida do carnaval de 2011, quando mesmo não sendo julgada por causa do incêndio apresentou um dos melhores desfiles do ano. Neste ano, a Ilha escolheu um enredo que mostrou um pouco da cultura de Londres e da Inglaterra. O enredo foi proposto no ano passado pelo prefeito Eduardo Paes, para lembrar a Olimpíada de Londres, este ano, e a do Rio, em 2016.

O desfile mostrou semelhanças entre brasileiros e britânicos. São Jorge, por exemplo, padroeiro da Inglaterra e da Ilha, foi representado no segundo carro. Outra alegoria que chamou atenção foi a que retratou personalidades inglesas, como os Beatles, o personagem Harry Portter e o cantor Elton John. A agremiação, que não foi julgada em 2011, faturou o Estandarte de Ouro de melhor escola.

Salgueiro

Considerada uma das poucas escolas capazes de impedir o bicampeonato da Beija-Flor, o Salgueiro teve o seu maior momento de emoção no final do desfile, devido ao risco de ultrapassar o limite de 82 minutos. Mas, no fim, a escola passou em 80 minutos. Não será punida, mas correu e pode ser penalizada em harmonia e evolução. No ano passado, também candidata ao título, a escola estourou o tempo e perdeu a chance de conquistar a disputa.

Outro problema que se repetiu foi com carros alegóricos que, por serem muito grandes, eram difíceis de manobrar no início do sambódromo. A situação ocorreu com a alegoria abre-alas e se repetiu com outros.

A rainha da bateria, Viviane Araújo, que ostentava uma fantasia feita com ouro em pó e avaliada em R$ 250 mil, atraiu aplausos ao longo de toda a passarela. "É sempre um momento de muito emoção", repetia, antes do início do desfile. Depois, já na segunda metade da apresentação, ela reclamou de desconforto e tirou o esplendor, parte da fantasia.

Outras duas musas causaram furor: a dançarina de funk Valeska Popozuda, destaque do sexto carro alegórico. Com os seios à mostra e vestindo uma minúscula tanga, ela era "espetada" pelo diabo.

Mangueira

A bateria da Mangueira fez várias "paradinhas", nas quais o público leva o canto do samba. Numa delas, a cantora Alcione foi quem assumiu o samba. Em uma "paradona", por quase um minuto os ritmistas silenciaram os instrumentos e o samba sobre o Cacique de Ramos foi cantado pelo público da arquibancada. A inovação causou estranheza a princípio. Na primeira parada, muitos pensaram tratar-se de falha técnica no carro de som.

A escola levou à avenida 50 alas, 8 alegorias e 4 mil componentes. Dudu Nobre, Alcione, Beth Carvalho e Jorge Aragão apareceram nos carros alegóricos.

O desfile foi uma redenção para Beth Carvalho, que em 2007 foi impedida de desfilar no carro de baluartes da escola em meio a desavenças com a diretoria. Primeira a gravar composições de crias do Cacique como Zeca Pagodinho e Arlindo Cruz, Beth foi apresentada como o elo comum entre o bloco e a Mangueira. "É uma emoção dupla porque esse desfile une as duas paixões da minha vida", disse a cantora, que chegou à concentração numa cadeira de rodas por causa da recuperação de lesões na coluna.

Unidos da Tijuca

A Unidos da Tijuca homenageou Luiz Gonzaga. Foram 33 alas, 7 alegorias e 3.600 componentes. O carnavalesco Paulo Barros transformou o Rei do Baião em "Rei do Sertão". O desfile teve início às 3h09.

Grande Rio

A Grande Rio, sexta escola a entrar na Sapucaí, baseou seu enredo no tema "superação", com base nos 24 dias que as escola teve em 2011 para reconstruir 95% do carnaval preparado para aquele ano e que foram destruídos por um incêndio que atingiu a Cidade do Samba.

Anjos e a fé aparecem no desfile da escola, que entrou às 4h20 desta manhã, e vem com 28 alas e 6 alegorias.

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