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Enredo sobre fama e celebridades foi impulsionado por novas tecnologias na Salgueiro | William Volcov/Folhapress
Enredo sobre fama e celebridades foi impulsionado por novas tecnologias na Salgueiro| Foto: William Volcov/Folhapress

Apesar de todos os problemas financeiros pelos quais passou – um mês antes do desfile, a montagem de carros e alegorias mal havia começado –, a Portela fez na madrugada de segunda-feira o melhor desfile em anos. Uma das poucas sem enredo patrocinado – o tema era Madureira, bairro da zona norte onde nasceu –, a escola conseguiu superar as dificuldades e fez um desfile que agradou ao público.

Não teve grandes painéis de LED, como o Salgueiro, ou fantasias com luzes que mudavam de cor, como a do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Tijuca. Mas trouxe um samba poderoso, melódico, que manteve arquibancadas e camarotes animados até o fim do desfile, o último da noite, encerrado perto das 5h.

Já a Tijuca, atual campeã, trouxe carros e fantasias luxuosos em enredo sobre a Alemanha, mas faltou o toque surpreendente, marca do carnavalesco Paulo Barros. Mesmo a comissão de frente, com martelos que pareciam flutuar, não causou o impacto de anos anteriores. Como em 2011, quando um truque de ilusionismo fazia com que componentes perdessem a cabeça, ou em 2010, ano em que inventou a comissão que trocava de roupa, também usando ilusionismo.

A escola teve problemas com dois carros, o que atrapalhou a evolução e deve fazer com que perca pontos. O abre-alas entalou na avenida, prejudicando a entrada dos componentes. No final, um princípio de incêndio assustou integrantes do carro que representava uma floresta.

Numa noite morna, o Sal­gueiro também se destacou com o enredo sobre a fama e com forte uso de tecnologia de ponta, como os painéis de LED que reproduziam fotos de trabalhadores da escola. A União da Ilha, com enredo em homenagem ao poeta Vinicius de Moraes, fez um desfile correto e que empolgou o público no seu início, mas foi esfriando.

Já a Mocidade, que contou a história do Rock in Rio, fez uma apresentação longe de seus melhores momentos. A junção samba-rock não funcionou. A escola trouxe roqueiros como Serguei, no car­ro abre-alas, e Evandro Mes­quita, simulando tocar guitarra no meio da bateria.

Estreante na elite, a Ino­centes de Belford Roxo abriu a noite com desfile sem grandes destaques, para contar enredo sobre a Coreia do Sul.

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