Documentários sobre figuras brasileiras produzidos e dirigidos ou codirigidos por estrangeiros estão definitivamente em alta. Primeiro, foi a indicação de Lixo Extraordinário (de Lucy Walker, Karen Harley e João Jardim) para o Oscar de melhor documentário. Neste fim de semana, Senna levou um troféu no Festival de Sundance, maior festa do cinema independente norte-americano, realizada em Park City, no estado de Utah.
O documentário, que celebra os 50 anos de nascimento do piloto brasileiro, comemorados em março passado, ganhou o prêmio do público na categoria Documentário Internacional Sundance divide os filmes americanos e estrangeiros em categorias distintas.
Ao subir ao palco para receber o troféu, sábado à noite, o diretor de Senna, o britânico Asif Kapadia, disse ter acabado de voltar de uma projeção do longa em Salt Lake City e lamentou não "estar vestindo algo mais bonito" para a cerimônia de entrega. "Esse festival restaurou minha fé nos festivais de cinema", disse Kapadia, que ganhou um Bafta, prêmio da Academia britânica, pelo longa-metragem Um Cavaleiro Solitário (2001).
Kapadia fez Senna com a colaboração da família do piloto brasileiro, que abriu todos os seu arquivos. Produzido pelo também britânico James Gay-Rees, o documentário é construído como uma homenagem ao tricampeão mundial da Fórmula 1, morto em Imola, na Itália, em 1994, aos 34 anos.
Prêmio principal
A história de amor Like Crazy (Como Loucos, em tradução livre) e o documentário sobre suicídio assistido How to Die in Oregon (Como Morrer em Oregon) ganharam os principais prêmios destinados a filmes norte-americanos do Festival de Sundance.Like Crazy, dirigido por Drake Doremus, ficou com o prêmio do júri de melhor drama, contando a história de uma estudante inglesa e um rapaz americano que se apaixonam, mas são forçados a se separar quando ela é expulsa do país por estar com o visto expirado. O filme também levou um prêmio especial para a atriz britânica Felicity Jones, que vive a protagonista.
O documentário vencedor, How to Die in Oregon, esteve entre os filmes mais falados no Sundance 2011, ao discutir o espinhoso tema do suicídio assistido e mostrar uma mulher em estado terminal que toma uma overdose de remédios e, literalmente, morre diante da câmera.
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