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Casa típica da região foi retratada por Luana Navarro | Luana Navarro/Divulgação
Casa típica da região foi retratada por Luana Navarro| Foto: Luana Navarro/Divulgação

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Transamazônica: Imaginários Compartilhados e Experiências de Museus

Solar do Barão (R. Pres. Carlos Cavalcanti, 533 – Centro), (41) 3321-3269. Hoje, às 19 horas. Visitação de 3ª a 6ª, das 9 às 12 horas e das 13 às 18 horas. Sábado e domingo das 12 às 18 horas. Entrada gratuita. Até 14 de outubro. Debate amanhã, às 19 horas, com Newton Goto.

Foi um exemplar da extinta revista Realidade, de 1971, que inspirou os artistas Arthur do Carmo e Luana Navarro a começar o projeto da exposição Transamazônica: Imaginários Compartilhados, que abre hoje no Museu da Fotografia (veja o serviço completo da exposição no Guia Gazeta do Povo). Ao se depararem com as reportagens daquela edição, perceberam que existia uma projeção de futuro próspero e progresso imenso para a região, em uma época onde o Brasil passava por obras de grande porte, como a construção da própria Rodovia Transamazônica, a terceira maior do país, e da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Mostrar essa dupla dimensão – entre a promessa e o presente – foi a ideia seguida pela dupla, que elaborou mais de 2 mil fotografias e 40 horas de imagens.

"Traçamos um itinerário que pudesse ser feito em viagens por terra, e levamos dois dias somente para percorrer a rodovia", conta Do Carmo. Da experiência, o mais surpreendente foi observar a diferença nas dimensões de território e na paisagem. "Aqui [no Paraná] temos uma ideia de árvore, por exemplo, e que lá é outra."

Apesar do amplo material em foto e vídeo, a intenção não é a de fazer uma mostra documental, explica o curador Marcio Doctors. "Eles [os artistas] não tiveram essa preocupação. O que é rico é a possibilidade de fazer extrações poéticas e criar ambientações que trazem a percepção da Amazônia, além de colocar os impactos de uma pessoa que sai de Curitiba e vai para uma realidade totalmente diferente, mesmo dentro do próprio país." As seis salas do museu foram ocupadas por vídeos e instalações, como a de um mapa do Brasil com todas as cidades batizadas com o nome de paisagens – hoje, muitas dessas áreas verdes já foram devastadas. Do acervo de fotografias, apenas duas, de momentos distintos, estarão na mostra. No dia 9 de outubro, Doctors e os artistas conversarão com o público sobre a exposição, e lançarão um catálogo do material.

Acervo

Hoje, o Museu da Gravura (que, assim como o da Fotografia, fica no espaço do Solar do Barão) também abre uma nova exposição com obras de seu acervo. Experiências de Museus, tem a curadoria de Paulo Reis, Felipe Prando, Deborah Bruel, Newton Goto e Ana González. Durante o período expositivo (até outubro), serão realizadas três mesas de debates sobre artes visuais. A primeira acontece amanhã, às 19 horas, com a participação de Newton Goto e Charles Narloch, diretor da Fundação Cultural de Joinville.

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