CD
Love Letters
Metronomy. Because Music. Importado. US$ 9,90 (iTunes). Eletrônica/Rock.
O Metronomy é daquelas poucas bandas que conseguem romper com as expectativas de seu público. Com origem na música eletrônica, liberou um primeiro disco pesado e experimental, beirando o punk. Nos trabalhos seguintes, o grupo foi se aprimorando nas técnicas e na complexidade musical: suavizou suas músicas e agradou ao público com uma sonoridade mais acessível. Seu álbum mais recente é o ápice dessa evolução.
Love Letters, quarto disco de estúdio do grupo, foi lançado na Inglaterra na segunda-feira, 10, e já coleciona elogios. Ele é a prova de como o Metronomy conseguiu alcançar um patamar do eletrônico muito mais completo e sensível que em seus trabalhos anteriores.
O disco já começa emocionante com as duas primeiras músicas: "The Upsetter" e "Im Aquarius" têm algo de Strokes, algo de Air e um flerte com os anos 70, o que aproxima o Metronomy ainda mais do indie rock. "Monstrous", terceira faixa, é sinistra e visceral (ou seja, ótima!). Mistura a levada aguda do teclado com o ronco gutural de um órgão, enquanto a letra é praticamente confessada pelo vocalista. Já a faixa-título, "Love Letters", é um hino com ares de Mutantes e David Bowie. Eletrizante do começo ao fim, traz os integrantes no auge de suas performances vocais e instrumentais e relembra o lado pop dançante da banda. Vale a pena assistir ao videoclipe da música, dirigido por Michel Gondry (Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças). As outras faixas mantêm o espírito psicodélico, por vezes solitário e melancólico, que dá o tom ao disco.
Vale lembrar que Love Letters, com lançamento pelo selo Because, foi inteiramente gravado e produzido de forma analógica (sem o uso de computadores em nenhuma etapa). Neste trabalho, o vocalista, produtor e frontman Joseph Mounth explora com mais coragem suas habilidades como cantor e compositor. GGGG
Deixe sua opinião