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Comemoração

Ser curitibano pode ser...

Uma série de eventos, tendo como tema a cidade e seus habitantes, é a homenagem da FCC ao aniversário de 318 anos de Curitiba

A Boca Maldita, um dos símbolos da cidade, sob a ótica da fotógrafa Lina Faria | Lina Faria
A Boca Maldita, um dos símbolos da cidade, sob a ótica da fotógrafa Lina Faria (Foto: Lina Faria)

Afinal, o que significa ser curitibano? Hoje, com tantos forasteiros que adotaram a capital paranaense, certamente já não é ter sotaque leite-quente ou fama de antipático. Com o trânsito cada vez mais caótico, nem mesmo pertencer à "cidade-modelo". No mês em que a cidade completa 318 anos, a Fundação Cultural de Curitiba (FCC) põe na rua o projeto Curitiba(Nós), uma série de eventos pensados para instigar o público a refletir sobre sua própria identidade como habitante desta antiga província.

O friozinho que agrada os típicos curitibanos deve prosseguir, mas o bate-papo Quantas Curitibas... a Cidade em Diálogo, promete ser acalorado. O escritor Cristovão Tezza, o jornalista José Carlos Fernandes (ambos colunistas da Gazeta do Povo) e a editora Antonia Schwinden conversam sobre os diversos aspectos da cidade na próxima terça-feira (15), às 19 horas, no Teatro Londrina do Memorial de Curitiba. "São pessoas que não são necessariamente curitibanas, mas moram aqui há muitos anos, e conhecem a fundo diferentes aspectos da vida na cidade", conta o historiador da FCC, Marcelo Sutil.

"Você gosta de poesia?" A frase, ouvida muitas vezes da boca de escritores que vendem seus livros na Rua XV de Novembro, costuma desagradar o curitibano que não gosta de ser incomodado. Mas, certamente, ele achará divertido quando um poeta começar a bradar poesias à sua mesa ao som de um instrumento de sopro. É o que começa a acontecer a partir de hoje, às 20 horas, em 18 bares da cidade como parte do projeto Blitz Cultural, uma parceria da FCC com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Paraná. A ação, no entanto, não vai estragar o jantar. Os artistas ficam apenas 20 minutos em cada local, oferecendo uma espécie de aperitivo cultural.

A grande atração é uma exposição que abre no dia 24, na Casa Romário Martins, que leva o mesmo nome do projeto, com curadoria da arquiteta Dóris Teixeira e Marcelo Sutil. "A cidade cresceu muito, veio muita gente de fora para cá, então, queremos fazer com que o curitibano reveja sua cidade", conta o historiador. A mostra, em boa parte interativa, põe frente a frente painéis com informações bem diversas. De um lado, estará um mapeamento de culturas populares feito pela FCC sobre benzedeiras, centros de umbanda, hip-hop e capoeira, entre outras manifestações. Do outro, dados atuais sobre a cidade relacionados a saúde, turismo, educação, entre outros aspectos sócio-econômicos.

Uma série de roteiros percorridos por fotógrafos que, a cada 20 ou 30 passos, clicavam o entorno, oferecem visões pessoais e, por isso, inusitadas, sobre a cidade em televisores que exibem de 700 a mil imagens em loop. Há, por exemplo, um roteiro ferroviário, outro no Centro da cidade e outro aéreo.

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