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Di Ferrero, vocalista da banda NX Zero | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Di Ferrero, vocalista da banda NX Zero| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
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  • NX Zero: relação bacana com Curitiba.

O NX Zero é uma das bandas que integram o line-up do Curitiba Mix Festival, que acontece na Arena Expotrade, em Pinhais, neste sábado (6). A Gazeta do Povo convidou seus leitores a enviarem perguntas para o grupo. Nove foram respondidas diretamente pelo vocalista Di Ferrero.

O músico falou, entre outras coisas, do crescimento da banda no último ano e admitiu, aos risos, que caso não fosse músico, seria "vagabundo". Confira a entrevista:

Leitor - Qual a sensação de tocar no mesmo palco que Natiruts e O Rappa, que estão entre as melhores bandas do país? (Leandro)

Di Ferrero - Festivais são alguns dos lugares que nós mais gostamos de tocar. Encontramos bandas que a gente sempre admirou e sempre foi fã. Além disso, temos a oportunidade de tocar no mesmo palco e conversar com os caras. Isso faz com que a gente queira dar muito mais no show. Os caras que nós gostamos podem estar vendo o show. O Rappa e o Natiruts são bandas que já têm a sua história no cenário musical do País.

Leitor - As fotos para esse novo álbum foram feitas aqui em Curitiba. Por qual motivo vocês escolheram a cidade? (Paola, Curitiba)

Di Ferrero - Na verdade nós conhecemos alguns lugares bonitos no Brasil. Quando estávamos em Curitiba, nos falaram que tinha um lugar que era muito legal. Então a gente resolveu ir, sem avisar ninguém. Não pedimos autorização, a gente simplesmente foi (risos). Quando chegamos lá, eu lembro que foi bem difícil. Os caras não iam deixar a gente entrar. O teatro estava fechado, aquela parte de fora estava aberta, mas o teatro em si não. Trocamos a maior idéia com o cara, e acho que ele nem imaginou que iria ser para o nosso CD (risos).

Leitor - Esse tipo de música emo fazia parte dos seus planos no começo da carreira? Ou aconteceu naturalmente? (Carlos Darif)

Di Ferrero - Na verdade, isso é uma coisa que a gente não pensa. Existem pessoas que nos rotulam, mas é uma coisa que nós conseguimos passar por cima. Isso não é mais um gênero musical, virou uma coisa além da música. Mas isso nunca foi planejado também. As pessoas falam muitas vezes por ingenuidade, mas nós não nos consideramos deste gênero. Respeitamos quem se considera, mas nós não nos encaixamos não.

Leitor - O que você faria se não fosse músico? Qual formação acadêmica seguiria? (Regiane Cristina de Oliveira, 25 anos, Pinhais)

Di Ferrero - Eu acho que nada. Seria vagabundo (risos). Eu e o pessoal temos bandas desde cedo, então se não fosse com o NX Zero seria de outro jeito. Mas tinha que ser alguma coisa com música mesmo.

Leitor - Tornar-se uma banda famosa foi a realização do maior sonho de vocês? Ou existe um maior ainda? (Julia Z.D.)

Di Ferrero - Todo mundo tem sonhos. O ser humano é engraçado, quanto mais você tem, mais você quer. Então, a gente almeja várias coisas. Estamos vivendo este sonho, mas temos outro que é tocar em vários lugares do mundo. É uma parada que a gente quer e estamos correndo atrás.

Leitor - Qual conselho você daria para uma banda de garagem que ama o rock e pretende alcançar uma carreira consolidada aqui no Brasil? (Matheos Kogiaridis)

Di Ferrero - O conselho que eu dou é que a gente, mesmo antes de assinar com a gravadora, já tocava várias vezes em Curitiba, em shows com três mil pessoas, sem gravadora alguma. Só divulgando pela Internet, como uma banda totalmente independente. Então, se você fizer uma parada legal, se você tiver mesmo a música em primeiro lugar e correr atrás mesmo, ninguém segura. As coisas acontecem. A gravadora somou com o time. Tem muita gente que só pensa em fazer sucesso e esquece um pouco da música.

Di Ferrero - Por que vocês falam em quase todas as músicas que vocês fazem de amor? (Jessica C. P.)

Di Ferrero - O nosso novo CD tem músicas que falam sobre bastante coisa. A gente fala sobre a nossa realidade, sobre o que a gente sente.

Leitor - Muitos consideram o NX Zero uma "modinha passageira". O que vocês pensam sobre isso? (Brenda Fernanda)

Di Ferrero - Isso aí existe desde o começo. As pessoas que não sabem direito o que a banda é e falam por si. Isso tem sempre, e nos motiva ainda mais a continuar. Vamos passando por cima dessas coisas que a gente considera que são ruins. Não ligamos para isso não, muito pelo contrário. É a nossa gasolina.

Leitor - Qual a sensação de ter lançado um disco novo e permanecer no topo com músicas de sucesso? (Marina de Oliveira, 15 anos)

Di Ferrero - O primeiro CD que emplacou nacionalmente deu muito certo. Então, para o segundo rolou muita pressão. Aquela coisa de que o segundo CD tem que ser bom, que tem que superar o primeiro. E eu acho que esse CD já superou o outro mesmo. Estamos super felizes. Estamos indo para a segunda música de trabalho, que é "Daqui Pra Frente", abertura da Malhação. Já é uma das músicas mais tocadas no País. Mas lógico que para fazer rolou aquela pressão, mas não tivemos nenhum medo de arriscar. A galera abraçou, e nossos fãs são muito fiéis. Até a galera que não conhece abriu mais a cabeça para o som do NX Zero. Pararam para ouvir, prestaram atenção. Isso fez com que a banda crescesse muito neste CD. Queira ou não, essa superexposição na mídia fez com que a galera que não ouvia por outros motivos acabasse ouvindo e tirasse a conclusão na música, e não em outras coisas. Por isso que o NX está grande e que esse CD deu certo. É o que a gente gosta de fazer mesmo, e fazemos de coração.

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