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Veja este e outros shows no Guia Gazeta do Povo
A música sertaneja mudou. As letras não falam mais sobre a vida no campo, as dificuldades da lida na fazenda, a saudade da roça. Ao menos, não falam só disso. Assim como em outros estilos, o sertanejo se ramificou em diversos subgêneros ao incorporar elementos do rock, pop, funk e axé e hoje faz muito sucesso, principalmente entre os jovens. Exemplo é o sertanejo universitário, que trocou as violas caipiras por guitarras elétricas e acrescentou letras sobre carrões e baladas (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).
Confira o Raio-x do Country Festival
O Curitiba Country Festival, que acontece neste sábado, 5, (mais informações na página 10), traz os veteranos Chitãozinho & Xororó, a baiana Ivete Sangalo e o ícone jovem Luan Santana, entre outras 11 atrações, na busca pela diversificação. "Quem vai a uma balada eletrônica também vai ao sertanejo, ao pop rock e ao axé", explica o organizador do evento, João Guilherme Leprevost.
Luan Santana é um dos cantores que reflete o comportamento dessa geração. O músico diz que, em seu iPod, tem de forro a música eletrônica. "Sou bastante ligado no que está acontecendo no Brasil e lá fora", explica.
O estudante Rodrigo Lima Liconte, de 21 anos, confirma a impressão. "Eu vou ao Country Festival todo ano, mas já fui ao show do Offspring e gosto muito de hip-hop."
Chitãozinho, da dupla Chitãozinho & Xororó, diz que ele e o irmão não abriram mão dos clássicos como "Fio de Cabelo", mas adaptaram algumas músicas para agradar ao público jovem. "Temos uns arranjos mais pop, de acordo com o que eles gostam", afirma o músico paranaense.
Chitãozinho diz que hoje toca para os filhos daqueles que eram seus fãs na época em que a dupla ficou famosa, mas que não perderam o contato com os admiradores antigos. "Hoje podemos fazer um show que chama a família inteira, o sertanejo universitário e o formado também", brinca.
Ivete Sangalo, que já se apresentou em outros festivais de música sertaneja, diz que se relaciona bem com o gênero e é a favor dessa mistura de estilos. "Na música, tudo é válido se agrada as pessoas. Tem espaço para o axé, tem espaço para o sertanejo, forró, arrocha... Se o público quer todo mundo junto, a gente mistura", conta.