Teatro
Veja esta e outras peças no Guia Gazeta do Povo.
Uma montagem que mescla atores profissionais e amadores pode gerar suspeitas, mas este Rei Lear do Barracão EnCena mostra que atores bons sintonizam um canal que faz a equipe toda dançar junto (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).
A encenação tem como protagonista Danilo Avelleda, que comemora 53 anos de carreira com essa adaptação de uma tragédia menos montada de Shakespeare.
O rei em questão decide dividir o reino entre as três filhas, e antes pede que digam o quanto o amam. Goneril e Regana o bajulam com palavras falsas que ele, no entanto, gosta de ouvir. A mais nova, honesta, prefere dizer a verdade: quando se casar, dividirá o amor que sente por ele com seu marido. Lear então a deserda e divide o reino entre as primeiras, que passam a maltratá-lo e denegri-lo, até que, louco, fica sem um teto.
Essa trama é apresentada no pequeno teatro do Barracão, que coloca o espectador cara a cara com as encenações. Isso o grupo usa a seu favor, e ainda enfatiza, ao atuar pelos corredores em várias das cenas. Com essa proximidade, cenário e figurinos expõem suas nuances e, com uma ou outra exceção, faz bonito.
A escolha singela de colocar os nove alunos da casa num coro dotado de máscaras transporta a peça para um tempo anacrônico, em que referências ao teatro grego e às artes visuais do Renascimento se misturam.
A linguagem testada pela diretora Sílvia Monteiro desde seu Otelo, as Faces do Ciúme (2011), também com Danilo Avelleda, busca retirar palavras do texto e transpô-las para o corpo e outros elementos visuais. Deu certo, já que o espetáculo flui com energia constante e ganchos ágeis entre uma cena e outra.
Nesse esforço, o uso do abrir e fechar da cortina e de espaços alternativos foi um ganho, com destaque para o abismo sugerido pela borda do palco, onde o personagem Gloucester se equilibra.
Graças à generosidade e trabalho duro de toda a equipe, os alunos presentes na montagem tiveram uma experiência e tanto com o bardo inglês.
Rede de advogados, laranjas e familiares operacionalizava venda de sentenças de magistrados
Sob pressão, Lula começa a encarar a realidade negativa de seu governo
Em entrevista a Marçal, Boulos chama Nunes de “fantoche do Tarcísio”
Grupos terroristas apoiados pelo Irã têm atuado livremente na Nicarágua com apoio de Ortega