Show
Zimbo Trio e Sérgio Albach
Teatro Bom Jesus (R. Vinte e Quatro de Maio, 135), (41) 2105-4034. Hoje, às 21 horas. R$ 25 e R$ 15 (meia-entrada). Ingressos à venda pelo serviço Disk Ingressos (www.diskingressos.com.br) e na bilheteria do teatro. Classificação indicativa: livre. Mais informações: (41) 3315-0808.
Programe-se
Confira as próximas apresentações do Festival Jazz & Blues No Improviso:
27 de julho
Blues Etílicos, com participação de Sabrina Blues Mendes
31 de agosto
Nuno Mindélis, com participação de Saul Trumpet
21 de setembro
Badi Assad, com participação de Diogo Guanabara
19 de outubro
Igor Prado Blues Band, com participação de Sax Gordon (EUA)
13 de novembro
Muddy Waters Jr. (EUA), com participação de Décio Caetano Blues Band
Uma apresentação do tradicional grupo instrumental paulista Zimbo Trio com o clarinetista curitibano Sérgio Albach abre a segunda edição do Festival de Jazz & Blues No Improviso neste sábado, às 21 horas, no Teatro Bom Jesus. O calendário de apresentações segue até novembro.
Com Albach alternando entre o clarinete e o clarone, o grupo apresenta temas como "Turbulenta", que a flautista e compositora Léa Freire dedicou ao músico, o choro "A Ginga do Mané", de Jacob do Bandolim, a bossa nova "Samba de Verão", de Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle, e as composições "Brasucas Blues" e "Choro pro Tico", do pianista e fundador do Zimbo Trio, Amilton Godoy.
"Queríamos que o Sérgio Albach tocasse uma música livre, para que pudesse improvisar, e, por isso, sugeri o blues, que vai ser gravado no segundo volume do disco Autoral, que o Zimbo Trio está para entrar no estúdio", conta Godoy, em entrevista por telefone para a Gazeta do Povo.
O improviso, tônica do festival, também marca o restante do repertório. Godoy diz que deverá ter, em sua maioria, músicas do trabalho autoral do Zimbo Trio. Mas muita coisa pode ser decidida na hora. "Vai depender do tempo", diz o pianista. "Se deixar, na verdade, só tem hora pra começar. Para parar, não tem."
Para Godoy, quando se trata de música instrumental, o repertório não é o mais importante. "Aprendi, no decorrer do tempo, tocando em países onde éramos mais ou menos conhecidos e que gostam desse tipo de música, que importa mais como você toca, não o que você toca", explica. "Isso nos dá liberdade. Você não fica refém de um determinado sucesso. O que importa é sua personalidade, sua marca, seu som."
O Zimbo Trio foi pioneiro no Brasil ao alcançar este tipo de distinção, e acabou se tornando uma das principais contribuições de São Paulo para a música brasileira na época, influenciando a bossa nova e trabalhos de vozes da música popular em ascensão como a de Elis Regina. "A gente queria dar uma outra dimensão para a música instrumental brasileira, saindo dos bares nos quais, com todo respeito, a música não deixa de ser um fundo para conversas para ir ao palco", lembra Godoy. "Queríamos que o público ouvisse sem ter a preocupação da letra, observando outros valores, como a virtuosidade. Isso é o que torna a música instrumental atraente."
Hoje, Godoy considera que o alcance da música instrumental ficou mais restrito, e elogia a cena curitibana. "Gostaria que nos outros estados brasileiros fizessem a mesma coisa", diz. "Mas não pensem vocês que está acontecendo no Brasil todo. Há apenas pequenas manifestações."
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