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Lançamento

Show reúne nomes da música “sulista”

Evento marca o lançamento em DVD do documentário A Linha Fria do Horizonte no Teatro Bom Jesus nesta sexta-feira

O uruguaio Daniel Drexler (irmão menos famoso de Jorge) é um dos participantes | Cristobal Severin Garces/ Divulgação
O uruguaio Daniel Drexler (irmão menos famoso de Jorge) é um dos participantes (Foto: Cristobal Severin Garces/ Divulgação)
O pianista e violonista Pablo Grinjot, argentino, lançou seu primeiro disco em 2003 |

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O pianista e violonista Pablo Grinjot, argentino, lançou seu primeiro disco em 2003

Meses depois de ser exibido na tevê fechada pelo Canal Brasil, em julho, o documentário A Linha Fria do Horizonte, do diretor curitibano Luciano Coelho, será lançado em DVD nesta sexta-feira, no Teatro Bom Jesus, em um evento que contará com shows de quatro dos músicos ouvidos no filme – Daniel Drexler (Uruguai), Dany López (Uruguai), Marcelo Delacroix (Brasil) e Pablo Grinjot (Argentina) –, além dos artistas de Curitiba João Triska e Juliana Cortes.

Os convidados são personagens da investigação que Coelho propõe com o documentário musical, inspirado pelo conceito da Estética do Frio, criado pelo músico gaúcho Vitor Ramil para explicar a identidade cultural do Sul do Brasil em contraste com a porção tropical do país. Neste mergulho, o cineasta captou um cenário de diálogos entre as ideias de Ramil e de outros artistas na Região do Prata e nos Pampas – tendo como ponto em comum ritmos regionais como a milonga.

"A milonga é o cavalo de batalha, mas é mais um motivo para a união. Me parece que há também uma identificação política nisso", explica Grinjot. "Não sou um milongueiro de nascimento. Mas me sirvo da milonga como meio. Somos de uma geração que cresceu na cultura do rock, que é maravilhosa, mas que tem uma raiz em outra parte do mundo. A milonga é um meio para se esquivar dessa cultura dominante e transformá-la em uma cultura que brota de nossa própria terra", explica o artista argentino.

Para Dany López, músico solo e instrumentista de artistas como o próprio Daniel Drexler, o ritmo certamente soará como um elo no show de sexta-feira. Mas o público perceberá algo a mais.

"Nós, que vamos estar participando do show, já tocamos muitas vezes juntos", diz o uruguaio, que cantará as canções mais importantes de sua carreira – como a chacarera "Perdido por Perdido" e "Zamba Pal Mano", que dividirá com Delacroix.

O músico explica que o documentário surgiu justamente a tempo de registrar esse movimento. "Além de ter uma linguagem cinematográfica impressionante, é muito oportuno. Está chegando no momento certo para falar de algo que está ocorrendo agora. É uma grande proposta, algo de que poderemos falar por muitos anos", prevê.

De acordo com Delacroix, a integração entre artistas gaúchos e os vizinhos sempre aconteceu, mas os cruzamentos de fronteiras parecem ter se intensificado. "Sempre houve esse diálogo na região. Mas agora está havendo de uma forma meio catártica", diz o músico, que, assim como os outros convidados, se apresenta pela primeira vez em Curitiba, onde viveu seus primeiros cinco anos. "Estamos aproveitando para fazer desse encontro algo simbólico para uma integração dos músicos de Curitiba que se aproximaram daqui", conta.

Programe-se

Lançamento de A Linha Fria do Horizonte

Teatro Bom Jesus (R. 24 de Maio, 135), (41) 2105-4034. Dia 19. Exibição do filme às 19h. Show às 21h. Entrada franca.

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