O grupo curitibano (à esq.) convidou o rapper BNegão e o produtor Buguinha Dub.| Foto: Leco de Souza/Divulgação

O coletivo curitibano Central Sistema de Som se apresenta no Teatro do Paiol na sexta-feira e no sábado na companhia de dois convidados de peso. Com um som que mistura funk dos anos 1970, reggae e dub, o grupo conta com a participação do rapper BNegão, que deve cantar algumas músicas de seu repertório, e do produtor e técnico de som Buguinha Dub, que vai controlar um paredão de reverbs, delays e outros efeitos em uma mesa de som dentro do palco.

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Para reproduzir fielmente a sonoridade do encontro, o Paiol contará com um sistema de som distribuído, inspirado na cultura dos sound system jamaicanos, conforme explica o produtor musical, cavaquinhista e percussionista do Central Sistema de Som, Gui Miúdo.

"Essas caixas eram muito utilizadas nas ruas da Jamaica para divulgar a música underground", diz. "Estamos propondo no Paiol um sistema de som totalmente diferente do que opera lá normalmente." De acordo com o músico, a ideia é transformar o show em um espetáculo com elementos que vão além do repertório. Uma das novidades é o uso da técnica de video mapping em telões no fundo do palco. "O Central não é apenas uma banda de música autoral, é um coletivo com vários profissionais, com o objetivo de mesclar diferentes linguagens e criar um diálogo contemporâneo com o público", salienta.

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Convidado

BNegão conta que conheceu o grupo de Curitiba a partir do convite para o show no Paiol. "Antes de aceitar, dei uma pesquisada no som, graças à santa internet, pra não entrar em uma roubada. Só aceitei depois de ver que o som é massa", conta. "É um som cabeça aberta, o tipo de coisa que eu prezo. E tem a história de convidar o Buguinha. Quando ele está, é certeza de qualidade", elogia.

O rapper vem fazendo inúmeras participações em trabalhos de artistas de perfis muito variados. "Aceito a minoria, porque se fosse fazer tudo, nem conseguiria fazer as minhas coisas", fala. "É uma parada que me deixa feliz, desde Wilson das Neves até Matanza e Sepultura acharem que eu posso somar dentro de suas músicas. É o que eu acredito dentro da música – a coisa de ter a mente aberta e a cabeça ampla", defende.