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Em quase três horas de apresentação, a banda repassou boa parte dos principais hits – com direito à participação especial de Negra Li | Washington Possato/Divulgação
Em quase três horas de apresentação, a banda repassou boa parte dos principais hits – com direito à participação especial de Negra Li| Foto: Washington Possato/Divulgação

Belo Horizonte - Cinquenta mil pessoas acompanharam no sábado (19), em Belo Horizonte, a gravação do projeto Multishow ao Vivo – Skank no Mineirão. A celebração, que marca 20 anos de carreira do grupo, também foi o último grande evento realizado no estádio – que entra em fase de grandes reformas para a Copa de 2014.

Mas o que mais chama a atenção na produção do CD e DVD/Blu-Ray que revisita o repertório de Samuel Rosa (voz e guitarra), Henrique Portugal (teclados), Haroldo Ferretti (bateria) e Lelo Zaneti (baixo) são as circunstâncias que permitiram a realização do trabalho. O apoio do governo do estado e da prefeitura de BH, por exemplo, foram essenciais – além, é claro, das empresas pa­­trocinadoras.

Em outras palavras: se o Skank conquistou reconhecimento nacional pelo seu som, isso se deve também à política local de valorização dos talentos da terra. Talvez, sem medo de cometer injustiças, aí esteja um dos maiores problemas para explicar a falta de grandes nomes paranaenses em destaque no cenário brasileiro (exceções, nesse caso, não servem como defesa para as autoridades...).

Durante as gravações, Samuel Rosa fez um discurso interessante sobre o tema. "Com o sucesso do Skank, tiramos a muleta de um bando de nego incompetente que culpava vocês (público mineiro) pelo não reconhecimento do trabalho dos músicos daqui", alfineta.

De fato, nem mesmo a projeção nacional foi capaz de tirar o Skank das suas origens. A ligação da banda com Minas Gerais é intensa. "Belo Horizonte não sai da gente nunca", fala o vocalista.

Público

Nos bastidores do projeto em comemoração às duas décadas de carreira do Skank, quem roubou a cena foi o público. O coro de 50 mil vozes fez toda a diferença.

A festa era de todos, literalmente. O orgulho pela trajetória do quarteto, de certa forma, estimulava cada espectador presente no Mineirão.

Não é a toa que o Skank foi além das 22 canções selecionadas para a gravação (os fãs montaram o set list em votação aberta no site oficial da banda, que totalizou mais de 400 mil votos). Com a lição de casa feita, a banda repassou dezenas de outros hits que ficaram de fora da seleção oficial.

A plateia, em praticamente três horas de show, não fez por menos. Não perdeu o pique e indicava sempre uma música nova a cada solicitação de Samuel Rosa.

A cantora Negra Li, convidada especial da noite, não escondeu a surpresa diante do "mar de gente" que ocupava o estádio. Ovacionada pelo público, a cantora e Samuel fizeram uma performance – com muito suinge – de "Ainda Gosto Dela".

Em tempos de Copa do Mundo e apaixonados por "pelada", o quarteto levantou a plateia com "É Uma Partida de Futebol". As imagens do jogo contra a Coreia do Norte também invadiram os telões instalados no Mineirão, como uma espécie de aquecimento e corrente positiva para o desafio seguinte, a Costa do Marfim. Pelo visto, os bons fluidos surtiram efeito...

Anote

O especial Multishow ao Vivo – Skank no Mineirão deve ser exibido no fim de setembro, junto com o lançamento do CD e DVD/Blu-ray.

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