Uma das campeãs do ano passado, a Mocidade Azul foi a penúltima escola a desfilar na Avenida Cândido de Abreu, no Centro Civico de Curitiba. Com direito a paradinha de bateria e ala de bailarinas, a escola levou ao público um samba-enredo metalinguístico, no qual falou sobre o processo de produção do carnaval e da própria comunidade carnavalesca.
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Antes mesmo de iniciar o desfile, a Mocidade Azul já contava com a apoio popular. Com faixas e bandeiras alusivas à escola, o público cantou junto o samba-enredo e vibrou com cada paradinha da bateria da agremiação.
Além da ala das bailarinas, cuja coreografia remetia ao balé clássico, outro setor da escola que chamou a atenção. Empunhando placas com a inscrição "Cadê a verba?", a ala fazia alusão ao atraso no repasse dos R$ 40 mil destinados pela Fundação Cultural de Curitiba às agremiações curitibanas. Das seis escolas, três receberam a verba com 19 dias de antecedência e outras três não haviam recebido até dois dias antes da festa.
A historiadora aposentada Helena Hmerterio, 59, desfilava na ala crítica e se mostrou o que a escola espera para os próximos anos. "Esperamos que a próxima gestão antecipe [a verba], porque neste ano foi difícil", afirmou enquanto sambava.
Nem só de crítica, porém, ficou o carnaval da Mocidade Azul. A beleza também esteve presente e Mirella Chinasso, 29, chamava a atenção pelo perfil pouco comum à festa do Rei Momo. Com um vestido verde, comportado e provocador, ela resumiu o sentimento do desfile. "Amo carnaval, por isso saio na Mocidade [Azul]", disse a mulher, que ajudava a ditar os passos da musa da bateria durante o desfile.
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