No romântico e despretensioso Sob o Sol da Toscana (2003), Diane Lane vive uma escritora americana deprimida após o divórcio. Decidida a mudar radicalmente sua trajetória, ela compra uma villa no interior da Itália, onde, enfim, conhece os prazeres da vida e encontra a paz interior (além de um bonitão para alegrar ainda mais seus dias). Um Bom Ano, a partir de hoje nos cinemas de Curitiba, é praticamente sua versão masculina. Com um detalhe: o filme leva a marca dos pesos pesados Ridley Scott e Russell Crowe, diretor e astro de Gladiador, vencedor de cinco Oscars.
Difícil imaginar Crowe, sempre meio bronco, no papel de um sujeito sofisticado, metido em ternos alinhados e profundo conhecedor de vinhos. Max Skinner, seu personagem, é um misto de yuppie e metrossexual que ganha fortunas na bolsa de valores de Londres aqui retratada como se fosse a fria e opressora Estrela da Morte de Guerra nas Estrelas. Arrogante e afetado, esmaga concorrentes e até aliados sem o mínimo pudor. "Ganhar não é tudo. É a única coisa", brada para os subordinados.
Mas Max nem sempre foi assim. Órfão de pai e mãe, passou boa parte da infância e juventude com o tio, Henry (Albert Finney, de Peixe Grande e Outras Histórias), um simpático bon vivant dono de um vinhedo na região da Provença a Toscana da França, mal comparando. Entre partidas de tênis e degustações de vinhos, o garoto (interpretado pelo ator-mirim Freddie Highmore, de A Fantástica Fábrica de Chocolate) refinou seus gostos e travou contato com a alta cultura. Só não aprendeu a ser "gente".
Quando Henry morre, Max parte para a Provença, disposto a vender a propriedade. Enquanto isso, é investigado na firma em que trabalha, acusado de falsear uma transação de títulos. Está feita a cama para que o personagem encontre sua redenção.
O processo começa com a lembrança dos bons momentos vividos com o tio. E se acentua quando Max se envolve com duas belas mulheres: Christie, suposta filha ilegítima de Henry, e Fanny, "nativa" por quem ele se apaixona. Não é preciso ter visto Sob o Sol da Toscana para saber como a história acaba.
Apesar dos clichês, não deixa de ser interessante ver o trabalho de Ridley Scott e Russell Crowe num filme pequeno, assumidamente leve. Principalmente quando Crowe, um tanto confuso em sua primeira comédia após o estrelato, consegue ser realmente engraçado. GGG
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