O massacrante revival dos anos 80 às vezes surpreende. Hoje, por exemplo, é dia de reencontrar uma das bandas mais interessantes (e menos lembradas) do período: Violeta de Outono. Mas é um tanto injusto dizer que o grupo paulistano faz parte dessa onda de resgates oportunistas. Fundado em 1985, o quarteto liderado pelo guitarrista Fábio Golfetti praticamente sempre esteve em atividade.
Atração desta noite no bar Jokers (com abertura dos curitibanos do Zigurate), o Violeta de Outono surgiu na esteira de diversas outras bandas pós-punk. Mas enquanto seus colegas de geração apostavam suas fichas na economia musical, Golfetti e sua turma também agregavam virtuosismo e elementos da psicodelia dos anos 60 e 70 ao som do grupo. Definindo vulgarmente, um cruzamento entre Pink Floyd e Echo & The Bunnymen.
A receita rendeu pelo menos dois discos que figuram entre os clássicos do rock brasileiro oitentista um EP e um LP, ambos batizados com o nome da banda. Lançados em 1986 e 1988, respectivamente, os trabalhos trazem canções que marcaram o underground da época, como "Dias Eternos", "Outono" e "Declínio de Maio".
Em 2005, o Violeta de Outono comemorou 20 anos de carreira lançando o CD Ilhas, com Fábio Golfetti e o baterista Cláudio Souza dividindo o estúdio com os novos integrantes Fernando Cardoso (teclados) e Gabriel Costa (baixo). Apesar de ter passado desapercebido no Brasil, o álbum ganhou destaque em aguns circuitos internacionais, graças aos contatos do guitarrista, conhecido na cena de rock progressivo com seu projeto instrumental Ópera Invisível. Para breve, o grupo prepara a produção de seu primeiro DVD, além da reedição de sua discografia.
Serviço: Violeta de Outono e Zigurate. Hoje, a partir das 23 horas, no bar Jokers (R. São Francisco, 164), (41) 3324-2351. Ingressos a R$ 20 (masculino) e R$ 10 (feminino). Para saber mais sobre o Violeta de Outono, acesse www.violetadeoutono.com.br.
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