A verba de R$ 84 mil, que será destinada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao Museu Metropolitano de Arte Contemporânea (MuMA) a partir de setembro, não poderá ser empregada para sanar o problema mais urgente da instituição: o deficiente sistema de climatização da reserva técnica. As obras do acervo permanente, que inclui trabalhos de Pancetti, Guignard, Di Cavalcanti, Djanira, Portinari e Mário Cravo, entre outros, não estão em condições ideais de preservação e correm risco de deterioração.
O dinheiro do BNDES será destinado à ampliação do espaço que abriga as obras. "A reserva está muito pequena, é antiga. O acervo cresceu muito e estamos tendo dificuldades na acomodação. Esse projeto é para uma pequena ampliação, e a verba é para adquirir os preinéis, a estrutura em que as obras vão ser guardadas", afirma a coordenadora Christine Maria Vianna Baptista, diretora de Patrimônio da Fundação Cultural de Curitiba.
O projeto que conseguiu os recursos foi submetido pela gestão passada da FCC e aprovado em 2004. Uma comissão do BNDES já vistoriou as instalações e autorizou a obra. Resta um parecer do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). "A documentação está encaminhada e o contrato já está tremitando. Há uma previsão de que no final de setembro seja liberada essa verba para a aquisição dos preinéis", diz Baptista.
De acordo com a diretora, as deficiências na climatização do MuMA são um problema "de anos". O sistema sofria constantes reparações paliativas e hoje está completamente parado. "A climatização do MuMA é muito antiga e está com sérios problemas. No momento, ele não está funcionando porque não houve a devida manutenção anteriormente" explica a diretora. "Não tem mais como consertar. Tem de ser feito um trabalho de renovação e o custo disso é muito alto. Vamos tentar buscar patrocínios e recursos para dar um solução completa a esse problema", completa.
Inventário
Em outra medida, a direção de patrimônio da FCC está compondo um inventário completo do acervo do MuMA. "Será feita uma análise do que é de patrimônio do município e do que é cedido ou emprestado para uma reavaliação e definição de uma linha curatorial", declara a diretora. O levantamento, que será divulgado pela internet, permitirá à FCC determinar as novas políticas de aquisição e organização dos acervos.
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