As autoridades suíças não vão libertar o cineasta Roman Polanski e transferi-lo para a prisão domiciliar em seu chalé alpino de luxo antes da sexta-feira, informou o governo nesta terça-feira.
Um porta-voz do Departamento de Justiça disse que a libertação de Polanski da prisão não acontecerá antes da sexta-feira porque primeiro o diretor precisa depositar uma fiança de 4,5 milhões de dólares e um sistema de monitoramento eletrônico precisa ser instalado em seu chalé no resort turístico de Gstaad.
Polanski está contestando sua extradição para os EUA para ser sentenciado por uma acusação de 1977 envolvendo relações sexuais ilegais com uma menina de 13 anos. Ele se confessou culpado de uma acusação de sexo com uma menor de idade, mas fugiu dos EUA antes do julgamento chegar ao fim, temendo uma sentença longa de prisão.
O cineasta de 76 anos, premiado com o Oscar e que tem cidadania dupla, francesa e polonesa, foi preso a pedido dos Estados Unidos quando desembarcou na Suíça em 26 de setembro para receber em um festival de cinema um prêmio pelo conjunto de sua obra.
A expectativa é que o Departamento de Justiça suíço tome uma decisão sobre a possível extradição de Polanski dentro de semanas, mas ele poderá recorrer, potencialmente arrastando a disputa por meses. Se for extraditado, ele poderá ser sentenciado a até dois anos de prisão nos EUA.
Os filmes de Polanski incluem "O Pianista", de 2002, pelo qual recebeu um Oscar, "O Bebê de Rosemary", "Repulsa ao Sexo" e "A Faca na Água."
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