Aproximadamente 150 pessoas se espremeram na Sala de Exposições 1 do Museu Municipal de Arte (MuMa), na tarde desta sexta-feira, para ver o quadrinista Kim Jung Gi na Gibicon 2, que segue até domingo. Durante noventa e dois minutos, o sul-coreano iniciou um mural de quase 5m², intrigou crianças curiosas (e agitadas) e impressionou o público, formado, principalmente, por cartunistas.
VÍDEO: veja algumas das principais atrações do evento
Amplamente desconhecido no Brasil não há nenhuma publicação do artista no país , Gi é respeitado internacionalmente por conseguir desenhar o que quiser em uma velocidade espantosa e com precisão cirúrgica, usando apenas uma caneta. "Mãe... Eu não consigo nem pintar a minha Recreio direito", lamentou-se o menino Pedro Alex, de sete anos.
Em texto de apresentação, Fabrizio Andriane, coordenador da Gibicon 2, chama Gi, a quem ouviu falar pela primeira vez na primeira edição do evento, de gigante coreano. "Naquela noite resolvi fuçar na internet. Coloquei as seguintes palavras: 'coreano que desenha demais'. Para um metido a desenhista como eu, foi um tapa na cara e uma ciumeira só, seguido de admiração e vontade de me esforçar mais".
Sequência O escritor curitibano Aluísio de Paula mostra um espaço que a obra reserva para desenhos livres. "Olha o que ele fez em 50 segundos... O cara é um monstro", reconhece.
Para o cartunista André Caliman, autor de Revolta!, impressiona no coreano a sua visão espacial. "É incrível como ele consegue realizar essas perspectivas sem planejamento. O cara desenha pra caramba", define. Gi dará sequência aos seus estudos amanhã, 16h, e domingo, quando encerra seu trabalho, aparentemente uma cena de um trem. Além da demonstração, há uma exposição com 19 obras do artista.
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