Ele combateu os nazistas. É reverenciado por outros combatentes do crime em todo o mundo. Mas o amado super-herói Capitão América finalmente foi derrotado pela morte. Ou será que foi mesmo?
O herói alado criado pela Marvel Entertainment em 1941 é morto a tiros por um franco-atirador em Nova York na edição mais recente de ``Captain America'' a chegar às bancas, na quarta-feira, num desfecho sensacional que vinha sendo mantido em segredo.
O sangue vaza de sua roupa azul, branca e vermelha, e a vida se esvai do corpo de Steve Rogers, o estudante franzino que foi transformado em super-herói fisicamente perfeito quando se ofereceu como voluntário para ser injetado com o soro do ''Supersoldado'', durante a 2a Guerra Mundial.
Entretanto, os executivos da Marvel admitem que, no universo dos super-heróis, a morte nem sempre é uma sentença final - e eles esperam que o mesmo se aplique às vendas em baixa de ``Captain America'', que vem perdendo terreno para super-heróis mais contemporâneos, como o Homem Aranha.
``Este é o fim de Steve Rogers, de 1941'', disse à Reuters Dan Buckley, presidente e publisher da Marvel Entertainment.
``Mas o Capitão América é um figurino, e há várias outras pessoas que poderiam vesti-lo. Ele é um ícone, e vamos continuar a publicar seus gibis.'' Buckley se negou, porém, a dizer quem pode vestir a capa do herói de 66 anos de idade.
Ele disse que os gibis que continuarão a sair vão focalizar, num primeiro momento, a reação dos outros personagens à morte do Capitão América.
Isso é semelhante à morte de Superman, em 1993, quando o herói maior da D.C. Comics, rival da Marvel, foi morto após cerca de 55 anos - apenas para ser ressuscitado alguns meses mais tarde.
O Capitão América já apareceu em cerca de 210 milhões de gibis em 75 países, mas hoje seu título vende até 80 mil exemplares por mês nos EUA, muito abaixo das 150 mil cópias de sua época áurea.
Diferentemente de outros super-heróis como Homem Aranha, Superman, Batman e o Quarteto Fantástico, o Capitão América ainda não migrou para Hollywood, embora Buckley diga que há planos para um filme sobre ele.
``Ele ainda é popular, mas não vem ganhando a mesma atenção que Homem Aranha e outros'', disse Buckley. ``Esperamos que esta novidade o torne mais popular, pelo menos no curto prazo.''
O assassinato do Capitão América acontece após uma minissérie em sete edições, a guerra civil da Marvel, que dividiu os super-heróis, quando o governo ordenou que revelassem sua verdadeira identidade e se cadastrassem junto às autoridades.
Isso provocou um racha de grandes proporções, resultando em duas facções de heróis com superpoderes, uma liderada pelo Capitão América, que partiu para clandestinidade e formou um movimento de resistência, e outra por Iron Man.
No final, o Capitão América se rendeu às forças de Iron Man, mas foi morto a tiros nos degraus do Tribunal Federal de Nova York quando estava a caminho de enfrentar as acusações que lhe eram feitas.
Gerry Gladston, co-proprietário da Midtown Comics, de Manhattan, disse que o assassinato do Capitão América - e o fato de ter sido mantido em segredo até mesmo de alguns profissionais da Marvel - foi um fato arrasador e já resultou numa alta grande das vendas.
``Espero que o tragam de volta'', disse ele. ``Já estou sentindo falta dele.''
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