Taís é assassinada nesta quinta em "Paraíso Tropical"

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Ela tentou matar a irmã gêmea boazinha, envolveu o nome do galã da trama em uma denúncia de corrupção, sabia os podres de gente poderosa e, para completar, foi para a cama com o maior inimigo de seu amante. Depois de despejar pimenta no olho de metade dos personagens de "Paraíso tropical", a carreira de maldades de Taís (Alessandra Negrini) terá final trágico na noite desta quinta (30). A vilã do sotaque carioca mais forçado já vista em novelas, será encontrada morta no apartamento de Daniel (Fábio Assunção), asfixiada por gás.

A cena em que Taís abre a porta para seu assassino foi gravada na quarta à tarde. Por coincidência, Alessandra Negrini se despediu de sua personagem no mesmo dia em que completou 37 anos e ganhou festa de aniversário dos colegas de equipe.

A partir do capítulo da noite desta quinta-feira (30), o mistério em torno do assassinato (ou suicídio?) da megera vai virar tema de conversas e bolões de apostas país afora. Quem teria mandado Taís para o andar de baixo? A indicar pelo grau de vilania, Olavo (Wagner Moura), Antenor (Tony Ramos), Marion (Vera Holtz) e Ivan (Bruno Gagliasso) são os principais suspeitos. Se o critério for "aqueles que tinham motivos de sobra para querer ver a Taís a sete palmos", nem a gêmea fofa Paulinha (Alessandra Negrini), nem Daniel e muito menos a batalhadora Eloísa (Roberta Rodrigues) vão escapar da investigação.

"Paraíso tropical" é novela que sai da pena de Gilberto Braga, logo, nem o simpático casal Tiago (Sergio Abreu) e Rodrigo (Carlos Casagrande) escapa da lista de suspeitos.

Achou estranho? Elementar, caro leitor. Não se esqueça do "fator Leila". O autor surpreendeu o público ao revelar no último – e histórico – capítulo da novela "Vale tudo", de 1988, que Leila (Cássia Kiss), uma das personagens mais sem-sal da trama, havia matado a vilã Odete Roitman (Beatriz Segall).

Autor faz suspense

Gilberto Braga não quer nem ouvir falar de especulações sobre seu crime folhetinesco. Procurado pela reportagem, foi categórico: "Só vamos revelar o assassino no último capítulo".

É exatamente essa a fórmula do autor: deitar e rolar em cima do expediente do "quem matou?" para prender a atenção de seu público até o derradeiro capítulo. Assim é desde 1980, quando o Braga lançou na novela "Água viva" o enigma "quem matou Miguel Fragonard (Raul Cortez)?".

"Não nos esqueçamos dos assassinatos do empresário Lineu Vasconcelos (Hugo Carvana) em 'Celebridade’ e do barão Henrique Sobral (Reginaldo Farias), em ‘Força de um desejo’", completa Mauro Alencar, autor do livro ‘A Hollywood brasileira – panorama da telenovela no Brasil’. "A precursora em assassinar personagens centrais da história é Janete Clair. O Brasil inteiro fez a pergunta 'quem matou Salomão Hayala (Dionísio Azevedo)?’, na novela 'O astro'’, de 1977", aponta o especialista-noveleiro.

No entanto, é de Gilberto Braga a morta mais famosa de todos os tempos: Odete Roitman (Beatriz Segall). O último capítulo de ‘Vale tudo’, que foi ao ar em 6 de janeiro de 1989, conseguiu cravar a espetacular marca de 86 pontos de audiência. Tudo porque nesse episódio foi revelada a autoria do crime, que, inesperadamente, teve motivações passionais.

Será que Taís vai conseguir causar tanta comoção?

Aguarde as cenas do próximo capítulo.