![Tapete vermelho para Elza Soares Elza vai cantar algumas das músicas mais marcantes em sua voz, como Estatuto de Gafieira | Rodrigo Braga/Divulgação](https://media.gazetadopovo.com.br/2014/11/100d1445f4d712224b144ae24385e2c8-gpLarge.jpg)
Programe-se
Confira algumas das atrações musicais da Corrente Cultural que acontecem hoje todas elas têm entrada franca:
18h
Festival da Cultura Oaxaqueña
Incorporado à Corrente, este festival dedicado à cultura do estado mexicano de Oaxaca tem sua abertura às 18 horas, com exposições e uma apresentação de dança folclórica com o grupo La Guelaguetza, no Memorial de Curitiba (R. Claudino dos Santos, 79 Centro).
20h30
5.º Cultura Popular na Treze
A Sociedade Treze de Maio recebe o Samba do Sindicatis.
20h30
Esperanza
A banda curitibana radicada em São Paulo faz a primeira de suas duas apresentações na Corrente no Teatro Paulo Autran (R. Al. Dom Pedro II, 255 Shopping Novo Batel).
20h30
Orquestra Filarmônica da UFPR
A orquestra toca Villa-Lobos, Mozart, Gallo e Stravinski no Teatro da Reitoria (R. XV de Novembro, 1.299).
Confira a programação completa no site da Corrente Cultural: www.correntecultural.com.br.
Elza Soares vai chegar a Curitiba nesta sexta-feira apenas com sua voz para iniciar os ensaios para o show que apresenta na Corrente Cultural, no sábado pela manhã. Ela ainda não conhece os músicos que vão acompanhá-la na abertura do palco da Boca Maldita, às 11h30, e vai interpretar um repertório que não tem cantado regularmente ainda por cima em arranjos que nunca ouviu.
Mas o único medo que ela tem é do frio que vem à sua cabeça quando pensa na capital paranaense. "Estou acreditando na moçada aí", diz a cantora, em entrevista para a Gazeta do Povo. "Mande avisar que estou chegando", brinca.
Parece um tiro no escuro, mas a veterana de mais de 50 anos de carreira tem suas razões para botar fé em seus anfitriões deste fim de semana. A Orquestra à Base de Corda (OABC) já recebeu, em condições parecidas, um mestre da altura de Paulinho da Viola (na Virada Cultural de 2010), e vem ganhando credibilidade ao trabalhar com nomes conceituados da música brasileira há anos. Conforme conta o diretor artístico da OABC, João Egashira, os arranjos originais criados pelo grupo são pensados levando em conta este namoro à distância e o pouco tempo de ensaio antes das apresentações.
"A gente os pensa de uma forma que facilite para o convidado chegar e interpretar as músicas como está habituado a fazer", diz o músico, que é um dos violonistas do grupo.
"Vamos estender o tapete vermelho para ela, com todo o cuidado. Tratamos as músicas com muito carinho. É fundamental que o convidado esteja à vontade. Isso é uma norma ético-musical da orquestra", conta Egashira, para quem os arranjos estão soando "à flor da pele"."Estou apostando que vai ser um show emocionante", diz.
A iniciativa de convidar Elza partiu da Fundação Cultural de Curitiba (FCC). "A Elza é uma das vozes mais importantes da música brasileira, uma voz ímpar, de muita personalidade, que você identifica imediatamente um atributo que é a grande busca de qualquer artista", explica o diretor artístico.
Sucessos
O repertório foi escolhido por Elza a partir de sugestões da OABC. Foram selecionadas canções que fizeram sucesso na voz inconfundível da cantora, como "Beija-me" (Roberto Martins e Mário Rossi) e "Estatuto de Gafieira" (Billy Branco), pensadas para movimentar a plateia em clima de show de rua. E também foram lembrados os centenários de Caymmi e Lupicínio Rodrigues (em canções como "Cadeira Vazia", "Felicidade", "Vou Brigar com Ela").
"Também me lembro bem de O Meu Guri, que canto a capella, e Se Acaso Você Chegasse, que é antiga pra cacilda", brinca Elza, que cobra animação da plateia depois de superar uma cirurgia na coluna no início do ano e seguir se apresentando.
"Estou com 17 pinos nas costas, mas isso não impede que eu cante, porque a garganta está intacta", diz. "Espero que todos também compareçam lindamente, maravilhosamente felizes."
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