2 da Manhã reúne dois textos da dramaturga argentina Lola Arias| Foto: Alan Raffo/Divulgação

Serviço Oficina de Dramaturgia Hipertextual

Casa da Leitura Dario Vellozo (Praça Garibaldi, 7, no Centro Histórico). Dias 3 a 5 de dezembro, das 14h às 18h. Entrada franca. Classificação indicativa: 17 anos.

Inscriçoes pelo e-mail cldariovellozo@fcc.curitiba.pr.gov.br.

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O dramaturgo e diretor Diego Fortes vai ministrar a partir de hoje, até quarta-feira, uma oficina de dramaturgia hipertextual. Segundo ele, a ideia é usar a estrutura do hipertexto – blocos de informação em que palavras ou trechos remetem a outros escritos, imagens ou sons – para a construção de peças, algo mais comum na literatura. No teatro, o conceito pode envolver o uso de fragmentos e sugestões, como num quebra-cabeças.

VÍDEO: Veja um trecho em vídeo da peça 2 da Manhã

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A oficina é parte da contrapartida do autor pela obtenção do prêmio Oraci Gemba de Dramaturgia, recebido por seu texto 23 de Setembro.

O curso é aberto a estudantes de artes, escritores, atores, diretores, roteiristas e demais interessados, e vai partir de uma leitura de 23 de Setembro. Segundo o autor, a obra serve como um bom exemplo "da arquitetura linguística fragmentada" que os participantes da oficina tentarão desenvolver.

Fortes explica ainda que a ideia do hipertexto no teatro se desenvolve "a partir da relação entre os fragmentos encadeados, criando uma nova imagem – maior e ressignificada".

Em cartaz

Diego Fortes é um dos dramaturgos mais produtivos e premiados de sua geração. À frente da companhia de teatro Armadilha, ele já assinou mais de uma dezena de peças desde 2001, algumas delas premiadas.

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Atualmente, mantém um diálogo colaborativo com dramaturgos latino-americanos. No próximo fim de semana, a Armadilha leva ao palco do Espaço Cênico a peça 2 da Manhã, união de dois textos da dramaturga argentina Lola Arias. Striptease fala de um casal que acaba de ter um filho e se separar; e Sonho com Revólver apresenta um casal que conversa na cama, numa Buenos Aires que parece pós-nuclear.

Fortes também está em cartaz em São Paulo, no prestigiado Club Noir, de Roberto Alvim e Juliana Galdino, com o espetáculo Procurado. A peça, com pegada "western-spaghetti", foi uma das selecionadas para 5.ª Mostra Brasileira de Dramaturgia Contemporânea.