O amor é uma daquelas coisas das quais é mais fácil falar usando os sentidos, não o intelecto. Essa é a proposta do espetáculo de dança Amores, de Goiânia, que tem apresentações dias 23 e 24 no Teatro da Reitoria, em Curitiba, com movimento, música, cenários e poesia inspirados no tema.
E o protagonista, no palco do Teatro da Reitoria, será Oswaldo Montenegro. Não em pessoa, mas na sua voz romântica. Parceiro de trabalho da companhia Dançarte há vários anos, ele criou nesta produção uma trilha sonora original para embalar as quatro cenas dançadas. Cada uma fala de um tipo de amor: perfeito, só o primeiro.
Os demais são mais “reais”, nas palavras da diretora Ariadna Vaz: amor fatal, amor romântico e desamor. O que sobressai é a busca pelo amor. Entram em cena as contingências dos relacionamentos, além de um triângulo amoroso e o amor entre duas mulheres.
Programe-se
Teatro da Reitoria (R. XV de Novembro, 1.299), (41) 3360-5066. Dias 23 às 21h e 24 às 20h. R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada). Classificação indicativa: livre. Mais informações no Guia.
Cada um dos quatro blocos tem figurino e cenário específicos, o que resulta numa experiência para o espectador de “muitos espetáculos em um”. No amor fatal, plataformas móveis são usadas pelos bailarinos para se locomover ou se esconder.
Os temas de cada bloco são ilustrados pelos bailarinos, que interpretam personagens cujo contorno é delineado pela voz do narrador. Será difícil alguém não se identificar com nenhuma das histórias sugeridas.
Virtuoso
Quem dança são bailarinos com treinamento clássico, mas usando um estilo contemporâneo. “É um contemporâneo com muita técnica, piruetas, penas altas, mais virtuoso”, explica a diretora, que assina a coreografia com Washington Cardoso.
Entre os movimentos, há espaço para alegrias e dramas. Existe o êxtase, mas, quando se perde o amor, entra a tristeza: altos e baixos, como na vida.
A companhia DançArte já trabalhou com Oswaldo em outros dois espetáculos: O Vale Encantado e A Televisão Matou a Janela. Quando pesquisavam o material para Amores, a ideia inicial era falar sobre a busca pela cara metade usando como trilha sonora músicas tocantes de amor – a preferida da diretora Ariadna Vaz era a trilha do filme O Amor nos Tempos do Cólera, adaptação cinematográfica da obra de Gabriel García Márquez. “Mas pensei, ‘Será que vou usar um pot-pourri de canções? E percebemos que seria melhor trabalhar com um compositor só”, contou à Gazeta do Povo.
As músicas usam violoncelo, flauta e baixo. Além das canções, Oswaldo contribui com quatro poemas que ele gravou em sua voz.
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