Os difusores da arte flamenca gostam de lembrar que um grande entusiasta de seu canto profundo, música dramática e dança vigorosa foi o escritor Federico Garcia Lorca (1898-1936). É com poemas dele que o espetáculo “Palavra Flamenca” foi construído e faz temporada na Sala Londrina até domingo (6). Depois volta ao Miniauditório do Guaíra, de 24 de setembro a 4 de outubro.
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“Me servi da poesia não para declamá-la, mas para interpretá-la e transformá-la cenicamente”, conta o ator e diretor Sandro Tueros. Ele está em cena ao lado das bailaoras Tati Barcellos e Ale Dias Zabot, do bailaor Joe Caetano e do músico e pesquisador da guitarra flamenca Ale Palma.
As obras de Lorca que integram o espetáculo são “Poemas del Cante Jondo” e “El Romancero Gitano”, incluindo os poemas “La Guitarra”, “El Silencio”, “Encuentro” e “La Casada Infiel”.
A expressão “cante jondo” é uma forma de os espanhóis se referirem ao flamenco, designando o “canto sofrido” típico dessa tradição ligada ao desterro e à defesa da identidade étnica.
Em sua escrita, o flamenco é comparado a uma mulher: tem força, curvas e vários caminhos, nas palavras de Tueros. “Não é nem poesia nem show de flamenco – são linguagens que conversam”, explica.
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