Ator, um dos principais da Rede Globo, indicado ao Emmy e protagonista de cinema| Foto: Priscila Prade/Divulgação

A história já tem dez anos: Alexandre Nero chegou à televisão após ser ‘descoberto’ durante temporada de “Os Leões”, montagem da companhia curitibana A Armadilha. Dois anos depois, virou o verdureiro apaixonado Vanderlei em “A Favorita” e conquistou a audiência em suas cenas com Lilia Cabral. “Era a minha chegada à Rede Globo e eu nem era do segundo, mas do décimo escalão. A coisa foi acontecendo a partir dali”.

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A cobrança por lembranças como essa tem sido recorrente após a estreia do espetáculo “O Grande Sucesso”, que chega neste sábado (29) ao Guairão, após uma intensa rotina de sessões extras e casas lotadíssimas em São Paulo. No palco, uma trupe formada por atores secundários aguarda o momento de entrar em cena. Eles reclamam, ‘invejam’ os protagonistas e fazem arte que reforça a condição de coadjuvantes. Um olhar irônico diante de uma profissão muito suscetível à vaidade e que consegue reunir os dois lados do curitibano: o músico e o ator.

O Grande Sucesso

Quando: sábado (29), às 21h30

Local: Teatro Guaíra - Auditório Bento Munhoz da Rocha Netto (R: Conselheiro Laurindo, s/n)

Ingressos: variam de R$76 (meia-entrada) a R$206 (inteira), de acordo com o setor.

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A ideia original foi proposta por Nero, um dos principais nomes do elenco global, indicado ao Emmy, protagonista de cinebiografia e popular nas redes sociais. Diego Fortes, seu companheiro dos tempos d’Armadilha, ficou responsável pelo texto e direção e a peça tem uma cara curitibana inegável, no formato e na equipe (leia mais abaixo). “Brinco que ‘O Grande Sucesso’ já foi um sucesso antes mesmo de subir aos palcos, pois o sucesso para mim é fazer o que se quer fazer, com as pessoas que a gente quer”.

Avesso ao discurso fácil que a exposição lhe dá, Nero quis tirar sarro de si mesmo e da vulnerabilidade da tal da fama. “A peça fala sobre a minha experiência, mas também das experiências de todo elenco e equipe, porque todos nós somos artistas. Alguns estão nesse chamado ‘segundo escalão’ na vida real, lugar onde eu já estive e poderei estar novamente, porque esse vai-e-vem faz parte da profissão da gente”, conta.

“Achei que seria interessante e talvez necessário poder brincar com tudo isso. Quero dizer que esse lugar não é intocável ou de verdades absolutas. O que é sucesso para as outras pessoas não é necessariamente sucesso para mim, e o ‘meu fracasso’ ao olhar delas, não é necessariamente fracasso para mim”, resume o curitibano.

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