Quem vem acompanhando as passagens do Grupo Corpo por Curitiba nesses 40 anos de história terá sensações de déjà vu na apresentação que os mineiros fazem no Guairão dia 4 de dezembro. Em “Dança Sinfônica”, o coreógrafo Rodrigo Pederneiras relembra a trajetória da companhia, trazendo citações de trabalhos anteriores num trabalho de ênfase emotiva.
O show terá duas partes. A primeira peça a ser apresentada é “Suíte Branca”, em que o Corpo praticamente coroa como herdeira sucessora a coreógrafa Cassilene Abranches. Ela foi bailarina do grupo por 12 anos, e agora sua assinatura na criação tem agradado os coordenadores do Corpo, numa renovação necessária sob o ponto de vista do futuro da companhia.
Em “Suíte Branca”, um dos destaques é a música composta por Samuel Rosa e seu Skank, com referências do pop e do rock e uma sonoridade urbana e contemporânea. “Os dois [Samuel e Cassilene] são da mesma geração, e a conversa deles foi boa”, brinca Pederneiras.
Totalmente vestidos de branco, os bailarinos executam passos e saltos ousados diante de um fundo igualmente clean. A crítica Soraya Belusi, de Belo Horizonte, identificou algumas mudanças propostas por Cassi em relação ao trabalho tradicional do Corpo. “Se são identificáveis as quebras de quadril – e de outras partes do corpo –, não há mais nelas a mesma sinuosidade; estão menos curvas, mais retas e repartidas.” É a oportunidade, portanto, de verificar como se dá um exercício de continuidade de linguagem dessa que é uma das principais companhias contemporâneas do país, mas com renovação.
Guairão (R. Conselheiro Laurindo, s/nº – Centro), (41) 3304-7982. Dia 4/12, às 21 horas. R$ 90 e R$ 45. Assinantes da Gazeta do Povo têm desconto de 50% na compra de até dois ingressos. Mais informações no Guia.
Veludo
Na segunda peça do espetáculo, “Dança Sinfônica” traz um som contrastante com música instrumental de Marco Antônio Guimarães (do grupo Uakti) gravada pela Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. As vestes também causarão um choque de oposição, com veludos vermelhos e negros ante a brancura anterior.
A coreografia de Pederneiras relembra a história do grupo, que obviamente não é feita só de alegrias. Em meio a homenagens tocantes, está a lembrança da filha de uma das bailarinas, morta de câncer. “É uma peça que se tornou até muito emotiva”, explica o diretor. Cerca de oito trabalhos anteriores do Corpo são evocados nos movimentos.
A integração entre as duas partes do espetáculo se dá na figura da bailarina Sílvia Gaspar, que transita entre elas como que a flutuar.
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