Humoristas de peso fazem do Risorama o lado rock’n roll do Festival de Curitiba

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O Risorama, explica seu idealizador, Diogo Portugal, está mais para um show de rock do que para propriamente teatro. “É barulho do lado, garçom passando, mesas cheias nas apresentações”, compara. Uma das atrações do Festival de Teatro de Curitiba, a mostra dedicada à comédia tem início nesta quarta-feira (29) e vai até o dia 3 de abril no ParkCultural (anexo ao Parkshopping Barigui) com uma seleção de peso de humoristas em destaque de todo o país . O valor do ingresso é R$ 70 (inteira).

Para as apresentações deste ano, Portugal se antecipou o quanto pode para conseguir apoiadores e evitar sustos. “No ano passado, por muito pouco não cancelamos. Tomei muitos ‘nãos’. Foi tenso. Com o crescimento do festival, os custos começaram a aumentar”, conta o humorista, que se divide entre palco e organização, o que inclui as dores de cabeça. “Sou bem inquieto. Vou ao camarim, checo o palco, a iluminação. Eu quero recebê-los bem (os colegas humoristas). Eles estão na minha casa”, conta ele, que também se apresenta em cinco das seis noites.

No palco, revezam-se humoristas da velha e da nova geração. Sérgio Mallandro, Gustavo Mendes , Murilo Couto e Rafael Cortez. Entre os curitibanos, estão confirmados o grupo Tesão Piá (que também se apresenta no Regina Vogue), a atriz Bruna Louise e o comediante Miau Carrara.

Os mestres de cerimônia também são nomes em voga. O grupo Hermes e Renato, Danilo Gentili, Marco Luque, Marcela Leal e Márvio Lúcio (o Carioca, do “Pânico”) são nomes já confirmados para apresentar os colegas.

Com tanta história, o Risorama já poderia render um documentário. Isso está nos planos de Portugal. “Ainda estou procurando alguém para dirigir isso tudo. Mas é uma baita história: tenho imagens do Bruno Mazzeo novinho, do Fábio Porchat gordo, da Nany People ainda drag queen, Rafinha Bastos no início”, detalha.

Rafael Portugal

Entre os principais destaques está a apresentação do ator carioca Rafael Portugal, do elenco do canal Porta dos Fundos e do humorístico “A Culpa é do Cabral”, do Comedy Central (do qual também comparecem Rodrigo Marques e Thiago Ventura), que também vem se destacando com sua apresentação solo, uma novidade para ele. “Não digeri muito bem quando me pediram para fazer um espetáculo sozinho porque eu gosto de estar em grupo. Mas lá no fundo eu sempre tive a necessidade de fazer alguma coisa minha, apresentando as minhas ideias ”, afirma ele.

Em sua estreia no Risorama, ele assume estar apreensivo. “Eu estou bem assustado, é uma responsabilidade... Tem um monte de comediante que sou fã. Mas o clima é maravilhoso. O bom é que o público vai lá já pronto para rir, já está aberto a isso”, diz ele.