“Insthabilidade” será apresentada dia 23 pelo grupo mineiro Primeiro Ato.| Foto: Chris Birchal / Divulgação

Mal começou a ser divulgado e o Festival de Dança de Joinville, que vai de 22 de julho a 1º de agosto, já não tem ingressos para suas principais noites de apresentação. O estado vizinho tem o maior evento competitivo de bailado do país, realizado há 33 anos, e o grande interesse de estudantes da área fez lotar rapidamente os auditórios de apresentação.

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Neste ano há o destaque, não inédito, mas também não corriqueiro, de se trazer uma companhia estrangeira. A italiana eVolution apresenta a coreografia “firefly” no dia 27, na Noite de Gala.

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Prata da casa

Conheça algumas companhias de Curitiba que levarão seus alunos para dançar em Joinville:

Flor de Lótus

Especializada em dança do ventre, a companhia leva uma coreografia em dueto com bailarinas profissionais que mistura vários elementos, como o véu e o bastão. A música clássica cabe em todos os elementos, pois o ritmo vai mudando conforme a coreografia.

Extreme

Concorre na categoria danças urbanas com cinco coreografias. O grupo venceu nos dois últimos anos com seu grupo júnior. A coreografia atual é “Caminho do Nirvana”.

Eliane Fetzer

Serão quatro coreografias de jazz na mostra competitiva, e várias outras para a mostra que acontece em palcos espalhados pela cidade, fora de competição.

“Recebemos estudantes de dança de todo canto, muitos do interior do país, que não têm acesso a esse tipo de dança”, comenta o presidente do Instituto Festival de Dança de Joinville, Ely Diniz.

Restam ainda ingressos para as noites competitivas, em que grupos de 23 estados se apresentam. É a chance de descobrir, por exemplo, que o Ceará tem um polo marcante de sapateado e jazz, tendo enviado em 2014 mais de 100 participantes ao festival.

Já Curitiba não se destaca por um gênero específico, e sim por sua participação constante e polpuda. Irão neste ano 50 companhias paranaenses, com 134 coreografias.Uma das mais frequentes é a companhia Eliane Fetzer, que neste ano leva quatro criações de jazz para a competição. “É uma experiência única para as alunas, que são novinhas. É fundamental para a carreira delas”, avalia a professora Julia Meirelles, de 26 anos, que também leva seu solo de jazz “As Rosas do Outro Lado”.

Há entradas também para a Mostra Contemporânea, que acontece no Teatro Juarez Machado, enquanto grande parte do evento é sediado no palco do Centreventos Cau Hansen. Neste ano, se apresentam o Grupo de Dança Primeiro Ato, de Belo Horizonte (com “Insthabilidade”, dia 23 de julho, às 22 horas) e a Companhia Urbana de Dança, do Rio de Janeiro (com “ID: Entidades”, dia 28, às 22 horas).

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“firefly”, com os italianos do eVolution, traz para o evento acrobacia e efeitos visuais. 

Destaques

Na abertura, dia 22 de julho, o corpo de baile da escola do Bolshoi na cidade catarinense faz o “Quebra-Nozes” completo e com figurinos apurados. A noite inicial do evento é um espaço de honra no calendário da dança nacional, por onde já passaram o Bolshoi de Moscou (é necessário dizer “de Moscou” só porque existe a filial de Joinville, única no mundo), o bailarino Baryshnikov e corpos de baile do Teatro Colón de Buenos Aires e do Balé Nacional da Polônia.

Na disputada Noite de Gala, o evento terá pela primeira vez um espetáculo com acrobacia e a técnica blacklight. O eVolution é um grupo formado em Roma pelo bailarino norte-americano Anthony Heinl, formado em Química e ciência tecnológicas, áreas que utiliza em seus trabalhos. A técnica do blacklight theater ressalta com fosforescência as figuras do cenário e bailarinos diante de um fundo preto.

PROGRAME-SE

Festival de Dança de Joinville

22 de julho a 1º de agosto. Centreventos Cau Hansen – Avenida José Vieira, 315, Joinville (SC). Ingressos pelo site do festival. Informações: (47) 3423-1010. Ingressos de R$ 18 a R$ 74 (valor das inteiras).

“Eles seguem uma tendência das companhias contemporâneas de usar muito efeito visual, iluminação e som”, explica Diniz. Esta é a primeira vez que o evento convida uma companhia que utiliza a linguagem da acrobacia em seu trabalho.

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“A força da companhia está no conhecimento de um vocabulário artístico amplo que não se limita só à dança, mas se estende a outras formas, como a vídeo-arte, ilusionismo e luzes e efeitos ao vivo”, promete o grupo em seu site.

Colaborou Lana Carvalho, especial para a Gazeta do Povo.