Nicole Kidman, cuja última aparição no palco em Londres foi descrita por um crítico como “puro Viagra teatral”, tem cativado o público novamente com seu desempenho como a cientista ignorada que ajudou a desvendar o segredo do DNA.
Na peça “Photograh 51”, de Anna Ziegler, a pesquisadora Rosalind Franklin luta contra o sexismo na Grã-Bretanha de 1950, dominada por homens. A atuação de Nicole, atriz premiada com o Oscar, foi descrita como brilhante por críticos.
O retorno de Nicole ao palco em Londres vinha sendo ansiosamente aguardado, depois da sua estreia na cidade há 17 anos em “The Blue Room”, de David Hare, uma peça sobre uma cadeia de encontros sexuais.
Desta vez ela é uma personagem muito diferente: a super-inteligente, mas espinhosa Rosalind Franklin, uma química cujo trabalho em cristalografia de raios-X foi crucial para a compreensão da estrutura molecular do ácido desoxirribonucleico (DNA).
Seu papel marcante na descoberta da estrutura de dupla hélice nunca recebeu o mesmo reconhecimento que tiveram Francis Crick, James Watson e Maurice Wilkins.
Nicole, de 48 anos, disse que estava apreensiva quanto a voltar ao palco, mas a peça a atraiu pessoalmente. Seu pai, Antony Kidman, foi um bioquímico que morreu quase exatamente um ano atrás.
“Essa é uma parte muito importante do meu desejo de prestar homenagem a cientistas do mundo com esta peça”, disse ela. “A minha memória como uma criança está em laboratórios de ciências.”
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