O que vale a pena conferir nos últimos dias de Festival

• 0

O Festival de Teatro está chegando se encerrando — este é o último fim de semana — mas ainda existem boas opções com ingressos disponíveis. Na mostra principal, destaca-se o espetáculo de dança “The hot one hundred choreographers”, e outras opções mais experimentais, como os também performáticos “Mó”, “Fole” e “Quem tem medo de travesti”.

Para evitar saudades, no sábado (2) e no domingo (3), das 12h às 24h, haverá uma maratona de “Iliadahomero”, que fará sessão corrida dos 24 monólogos sobre a Guerra de Troia.

.

Veja uma seleção de destaques:

O bailarino Cristian Duarte suou a camisa para listar 100 coreógrafos e coreografias que influenciam sua dança. Lá tem de tudo: desde os mais cult como Pina Bausch e Merce Cunningham até Michael Jackson e Beyoncé. O bacana para o público será perceber os momentos em que esses artistas são citados, até pela trilha sonora utilizada (que contém trechos de “Single Ladies” e “Billie Jean”). O resultado é um espetáculo de dança contemporânea que discute – sem palavras – questões como autoria e o fácil acesso às obras artísticas via internet.

O mesmo grupo premiado com o Shell 2011 por “Luís Antônio-Gabriela”, a Cia. Mungunzá, volta a Curitiba com o infantil “Era uma era”. De imediato, o espectador deverá se impressionar com o cenário, que utiliza um andaime gigante (aliás, o mesmo da peça adulta premiada) e muitos elementos lúdicos e coloridos. A história se passa em dois capítulos. No primeiro, um rei tenta entrar para a história documentando todos os seus feitos num livro. Quando a cidade é atingida por um grande incêndio, tudo se perde, e é preciso se adaptar aos novos tempos: o dinheiro é trocado por “curtidas” virtuais e todos só pensam em conseguir uma conexão melhor. “Falando de tecnologia, tentamos estimular o diálogo entre os pais e filhos da plateia”, conta o ator Lucas Beda.

Nesta sexta-feira (1º), o Terminal Pinheirinho recebe o encerramento de uma série de apresentações de rua. Às 9h, o solo “Tempos de Cléo”, vencedor do Prêmio Myriam Muniz, poderá confundir os passantes. A protagonista (Márcia Costa) vive uma mulher errante, que conta as histórias que acumula na memória e no corpo. Às 12h, “Lampião no céu e no inferno”, inspirada na literatura de cordel, retrata a tentativa do cangaceiro de entrar no inferno – mas até lá ele é barrado. Às 15h, a performance de dança “Na reta de 4 corpos” simula um cortejo urbano com quatro bailarinos. A última apresentação acontece às 18h, quando um “Circo Imaginário” será montado para que o público possa interagir.