O filme “Morgue Story”, um dos maiores sucessos da Vigor.| Foto: Reprodução

Apesar de levar a sério o item diversão em seus espetáculos, Paulo Biscaia Filho é um cara rigoroso quanto aos detalhes de cada produção.

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Quem assiste a uma estreia talvez não imagine a dor de cabeça que dá conseguir cada item do figurino, garantir que um bigode não caia, que o teto do cenário não despenque e cada ator esteja confortável em seu papel – o que vai além de saber todas as falas.

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Como é comum em grupos que se formam em torno de um encenador, Biscaia dirige tudo isso.

Não é à toa que os últimos ensaios antes da grande noite sempre têm um pouco de tensão.

Mas o rigor é um dos fatores que desembocam na qualidade, e o fato de haver um criador e sua pesquisa por trás contribui para a formação de uma estética própria.

No caso da Vigor Mortis, fazem parte referências do cinema B, sessões da tarde de muitos anos atrás, e portanto um tom canastrão nas falas é normal.

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A violência presente em todas as obras costuma ser um fator de fidelização do público. 

Para Biscaia, a atração exercida pelo horror sobre as pessoas tem relação com o fascínio/medo de imaginar que aquilo poderia acontecer consigo.

Ultimamente, as produções tem amenizado no sangue.

A estreia mais recente, “Lobos nas Paredes”, já havia sido destinada ao público de todas as idades, a partir dos quadrinhos de Neil Gaiman, mas ainda com o suspense.

Em “Nautilus”, estamos dentro de uma aventura, mas nela há espaço para lutas corporais, palavrão, ameaças e monstros assustadores. Em outras palavras, o público fiel não vai pedir o dinheiro de volta, e talvez surjam ainda novos admiradores.

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