Grupo argentino tem 20 artistas, entre músicos, cantores e cinco duplas de bailarinos.| Foto: Juan Fabbri/Divulgação

Na sequência de mais de 20 números de tango que o grupo Esquina Gardel trará à Ópera de Arame neste sábado (12), será contado de certa forma um pouco da história desse gênero tão argentino.

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O grupo de 20 artistas, entre músicos, cantores e cinco duplas de bailarinos, chega de Buenos Aires pela primeira vez à cidade com seu “Tango Show”.

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O percurso desse gênero é revelado na apresentação de composições que vão de Carlos Gardel (1890-1935) a Astor Piazzolla (1921-1992), seus principais clássicos. Mas também pela série de figurinos e músicas que passeiam pelos anos 1930, depois, 40 e 50, em cenas de grupo ou dança aos pares. “Mostramos ainda costumes de época, como a forma pela qual as pessoas dançavam e as mães protegiam as filhas”, contou o diretor Juan Fabri.

Outro destaque do espetáculo é o cenário, que coloca os músicos num plano elevado em relação aos bailarinos.

Os estilos “dança de cenário” e “dança de salão” estão presentes nas performances, que incluem interpretações clássicas e contemporâneas de tango acrobático, sob direção de Dolores de Amo. A orquestra fica sob direção da violinista e maestrina Erica di Salvio. A trajetória do grupo Esquina Carlos Gardel está relacionada ao ponto de encontro onde o músico tocava seus tangos. Ali no beco Gardel, na Rua Anchorena, em Buenos Aires, ficava a cantina Chanta Cuatro, aberta em 1893 e onde as festas eram animadas com seu canto até de madrugada. O local entrou em decadência após a morte do cantor-ícone do tango, em 1935, mas foi reanimado com a instalação da companhia Esquina. Hoje, atrai muitos turistas interessados nessa mesma reconstituição histórica de que fala o diretor Juan Fabri.