Na peça, divagações buscam entender o sentido da vida.| Foto: Divulgação

Quando decidiu fazer um espetáculo mais experimental em linguagem do que estava acostumado, o dramaturgo e diretor Fernando Cardoso resolveu desnudar o palco para dar vazão só às ideias.

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“Solidrão” discute a solidão a partir de três figuras: um homem, uma mulher e um menino. Estão em cena, além dele próprio, Pedro Cordeiro e Vanessa Araújo.

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São fragmentos da mesma pessoa, em cuja fala surgem divagações que procuram compreender os sentidos da vida. As referências buscadas pelo texto incluem o filósofo Nietzsche, a escritora Clarice Lispector e o pintor Joan Miró.

Na escrita dos dois primeiros, a questão da solidão é óbvia. Já em relação ao artista catalão, Cardoso pensou na solidão de todo artista em seu ateliê, além de ter se baseado em textos sobre ele. Na trilha sonora, “Drão”, de Gilberto Gil, canção que inspirou o título.

A iluminação é de Rodrigo Ziolkowski, que já fez espetáculos enxutos antes, em que a iluminação assume um papel de protagonismo. O palco traz poucos elementos, como uma cadeira e alguns adereços.

A companhia de Fernando Cardoso, Serafim, assinou os espetáculos recentes “Romeu e Julieta no Cabaré  Veneno” e “O Aranha Marrom”, que eram bem mais “espalhafatosos”, nas palavras do diretor.

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Nesta, a produção é conjunta com A Tração 4x4.