Domingos Meirelles pode ter ganhado um Jabuti por um livro de História (1930 Os Órfãos da Revolução), mas a fama literária jamais vai conseguir superar o poder da imagem.
É como apresentador do Linha Direta que o jornalista de 66 anos é, normalmente, reconhecido.
O programa é um fenômeno por vários motivos, a começar pela audiência. São 27 pontos no Ibope, ou 2,16 milhões de tevês ligadas. Ele recebe 10 mil telefonemas por mês, centenas de cartas e um sem-número de e-mails.
"Eu não faço esse programa com alegria. É um programa muito triste. Que tem muita dor, muito sofrimento. Fala de tragédias, da fragilidade da condição humana", diz Meirelles.
O jornalista comenta que as pessoas recorrem ao programa com fé. Elas esperam que ele resolva problemas de todo tipo, como o da fila do INSS, e não apenas crimes segundo sua proposta original.
Cerca de 400 casos policiais foram solucionados a partir do Linha Direta.